Dr João Dias | WhatsApp
Agende sua consulta

Criopreservação

Há muito tenta-se desenvolver uma técnica de congelamento de gametas e embriões, chamada criopreservação, que os conserve de tal forma que possam ser descongelados e utilizados futuramente. Muitas tentativas terminaram em fracasso devido à complexidade do processo.

Hoje utiliza-se uma técnica mundialmente estabelecida chamada de vitrificação. Esse método consiste em congelar de forma ultrarrápida gametas ou embriões. O princípio da criopreservação é retirar toda a água das células para evitar a formação de cristais de gelo e aumentar a chances de sobrevivência. Para tanto, a vitrificação faz uso de crioprotetores e a taxa de redução da temperatura até chegar a -196 oC é muito alta, preservando melhor as estruturas celulares. No descongelamento, a concentração de crioprotetores vai sendo reduzida conforme a temperatura vai aumentando. As taxas de sucesso do procedimento de vitrificação são muito mais elevadas que as do congelamento lento, motivo pelo qual é a mais utilizada atualmente.

O congelamento de embriões tem duas principais finalidades:

  • Manter embriões viáveis para uma gravidez futura sem a necessidade de nova estimulação ovariana. Esses embriões podem ser remanescentes de uma fertilização in vitro (FIV);
  • Elevar as taxas de sucesso da FIV, já que pode ser utilizada como uma alternativa à transferência de embriões frescos.

É possível também realizar a criopreservação de óvulos ou sêmen com o intuito de preservar a fertilidade.

O congelamento e a transferência

Na FIV, a transferência e o congelamento de embriões são as últimas etapas. Depois da estimulação ovariana, da punção folicular, da fecundação dos óvulos e do cultivo dos embriões por de 3 a 5 dias, chega-se o momento de fazer a transferência ou congelar esses embriões.

No momento em que o casal optar pela transferência, são realizados o preparo de endométrio e o descongelamento desses embriões para transferência.

A vitrificação hoje tem taxas de sobrevivência superiores a 90%, um índice elevadíssimo de preservação de embriões. É, portanto, um recurso bastante válido para casais que precisam de técnicas de reprodução assistida. As taxas de gravidez são semelhantes à de embriões não criopreservados, por volta de 60%, taxas essas relacionadas basicamente à idade de mulher.

É importante destacar que os embriões mantêm sua capacidade de desenvolvimento depois que forem implantados no útero, sem riscos incrementados, como malformações.

 

Compartilhar:
Última postagem do blog

Quero engravidar, mas não quero FIV. O que fazer?

Será que um casal com infertilidade tem como única opção de tratamento a fertilização in vitro (FIV)? O que fazer quando o melhor tratamento, do ponto de vista técnico, é a FIV, mas o casal não quer escolher esse caminho? […]

Leia mais
Agende sua
consulta

Verifique o horário disponível que melhor encaixa na sua agenda.