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Ultrassonografia transvaginal para diagnóstico de endometriose

A ultrassonografia é um dos exames mais realizados no mundo, devido à sua baixa complexidade e à capacidade de diagnosticar condições de saúde diversas.

Nesse sentido, é também constantemente solicitada na investigação de doenças relacionadas à infertilidade, como pólipos uterinos, cistos ovarianos e endometriose. No caso específico da endometriose, realizamos uma ultrassonografia transvaginal especializada para a investigação da doença.

Este texto fala sobre o exame, como a ultrassonografia transvaginal ajuda na investigação da endometriose e por que diagnosticar a doença é importante. Leia até o final e descubra mais sobre como o exame pode ajudar mulheres a preservar a boa qualidade de vida e a conseguir engravidar.

O que é ultrassonografia?

A ultrassonografia, ou ecografia, é um exame de imagem que tem como objetivo mapear uma região interna do corpo humano, como órgãos e tecidos, e, assim, facilitar o diagnóstico de diversas condições de saúde. Ela tem duas modalidades principais: abdominal e transvaginal.

Na abdominal, utiliza-se um transdutor (dispositivo que emite ondas sonoras) com gel e um monitor, por meio do qual é possível observar as imagens que se criam devido à emissão das ondas sonoras. O transdutor é deslizado sobre a pele da paciente.

Nos casos em que é necessária a avaliação de regiões internas, a ultrassonografia transvaginal é mais indicada. Esse exame é mais eficiente em examinar os órgãos internos da região pélvica da mulher. Por ser realizado internamente, com um modelo diferente de transdutor, as imagens de órgãos, como o útero, os ovários, a bexiga e as tubas uterinas, são mais precisas.

Como a ultrassonografia transvaginal ajuda no diagnóstico da endometriose?

Nos casos de suspeita da doença, os exames de imagem possuem boa acurácia. A ultrassonografia transvaginal é particularmente precisa no diagnóstico de alguns tipos da doença (endometriose ovariana e endometriose infiltrativa profunda).

A sensibilidade, especificidade e valores preditivos do exame no diagnóstico de endometriomas (cistos ovarianos causados pela doença), por exemplo, é acima de 90%.

Isso significa que a ultrassonografia transvaginal apresenta chances consideráveis de estimar, com boa confiabilidade, se o resultado do teste é positivo ou negativo.

No entanto, em pacientes com suspeita da doença, a ultrassonografia transvaginal especializada para endometriose, que é um pouco diferente, é mais recomendada.

Esse método tem maior capacidade de identificar a presença de endometriose ovariana e infiltrativa em regiões mais profundas, como na parte interna do abdômen, no canal vaginal, no septo retovaginal (tecido entre o reto e o órgão sexual feminino), no intestino, na bexiga e no peritônio (membrana que reveste o abdômen).

Além da maior precisão das imagens nessas regiões, a ultrassonografia transvaginal especializada para endometriose diferencia-se também por requerer um preparo para o exame. Desde o dia anterior de sua realização, a mulher deve fazer uma dieta específica e utilizar alguns medicamentos, além de ficar em jejum.

O objetivo desse preparo é reduzir o gás na região intestinal, o que permite aos médicos uma melhor visualização das lesões da doença.

Outra diferença é que o exame tem uma duração maior do que outras ultrassonografias. Devido à necessidade de investigar focos da doença, que podem variar em quantidade e extensão, a investigação pode durar cerca de uma hora.

Aliás, devido a este nível de detalhamento, é importante que o exame seja realizado por um médico com experiência e conhecimento específico da endometriose e em clínica com aparelho de ultrassom adequado. A experiência do médico é fundamental para o mapeamento de todos os focos da doença, inclusive os superficiais, que são mais difíceis de identificar.

Por que diagnosticar a endometriose é importante?

A endometriose é uma doença comum em mulheres em idade reprodutiva e caracteriza-se pela presença de tecido semelhante ao endométrio em regiões fora do útero, inclusive aderidos aos órgãos essenciais à reprodução humana.

A doença, portanto, pode afetar o sistema reprodutor feminino de diferentes formas. O tecido pode provocar alterações morfológicas nos locais em que estão aderidos e a inflamação pode prejudicar processos necessários à reprodução humana, como a implantação/nidação do embrião no útero.

Além da infertilidade, algumas mulheres desenvolvem outros sintomas que podem ser desconfortáveis, como cólicas, dor pélvica crônica, alterações urinárias e intestinais, inchaço na região abdominal, diarreia e presença de sangue nas fezes e urina.

Diagnosticar a endometriose é um passo importante para melhorar a qualidade de vida da mulher e possibilitar que ela tenha filhos, seja naturalmente, seja por meio da reprodução assistida.

A ultrassonografia transvaginal especializada para endometriose, portanto, é um recurso importante porque mapeia os focos da doença e assim ajuda no diagnóstico da doença. Ela é uma ferramenta importante para orientar o planejamento do tratamento como um todo, sempre levando em consideração os planos da mulher.

O exame de ultrassom é, em resumo, fundamental para o diagnóstico de diversas condições do corpo humano, inclusive na investigação de doenças associadas a quadros de infertilidade.

Como indicam pesquisas científicas, os métodos de imagem, como a ultrassonografia transvaginal, são confiáveis. A investigação com preparo intestinal é muito útil no diagnóstico e mapeamento de focos de endometriose, ajudando na orientação terapêutica, na eliminação dos sintomas associados e na viabilização da gestação.

Se você quiser saber mais sobre o exame e em que outros cenários é indicado, toque aqui.

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Ultrassonografia Transvaginal

ultrassom

A ultrassonografia transvaginal (UTV) é um exame diagnóstico que realizamos para examinar os órgãos internos da pelve, como útero, ovários, tubas uterinas e bexiga, por isso é fundamental para o diagnóstico da infertilidade feminina. É um exame muito solicitado devido a sua baixa complexidade e alta relevância.

Em técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV), a inseminação intrauterina (IIU) e a relação sexual programada, a UTV permite, ao longo da estimulação ovariana, o acompanhamento do desenvolvimento endometrial, assim como do crescimento folicular até seu amadurecimento, quando é administrado o hCG ou o agonista do GnRH, hormônio que deflagra a ovulação (promove a rotura do folículo, que contém o óvulo).

A ultrassonografia também é um exame importante para que o médico e o casal possam acompanhar a gestação.

Ultrassonografia transvaginal

A ultrassonografia transvaginal é um exame por imagem (não emite radiação) que utiliza a emissão de ondas sonoras para mapear e examinar a região pélvica feminina. A vantagem desse exame em relação ao método suprapúbico é a precisão das imagens. Por se tratar de uma investigação interna, podemos obter informações com mais precisão.

Nesse exame, a mulher fica em posição ginecológica e o médico introduz o transdutor no canal vaginal, que fará a emissão de ondas para formar as imagens no monitor. O exame é indolor e não oferece nenhum tipo de risco.

O resultado geralmente é fornecido ao término do exame, já que, em alguns casos, o médico precisa verificar as condições da mulher imediatamente, como para avaliar o progresso da estimulação ovariana.

Indicações da ultrassonografia transvaginal

Solicitamos a ultrassonografia transvaginal em muitos casos, mas principalmente para acompanhar a reação da mulher à estimulação ovariana e para diagnosticar casos de infertilidade. Além disso, é importante realizar o exame:

  • Quando houver suspeita de cistos ovarianos, leiomiomas uterinos, pólipos uterinos, endometriose, entre outros problemas uterinos que podem causar a infertilidade. Vale atenção especial aqui ao ultrassom transvaginal especializado para diagnóstico de endometriose, técnica que quando bem indicada e realizada por profissionais diferenciados permite índices de acerto no diagnóstico de endometriose ovariana e profunda superiores a 98%;
  • Quando a mulher estiver se queixando de sangramento uterino anormal ou de distúrbios menstruais;
  • Em casos de gestação ectópica;
  • Se a mulher estiver queixando-se de dor pélvica crônica;
  • Para fazer o acompanhamento do pré-natal.

Preparação e pós-exame

Não há a necessidade de uma preparação anterior ao exame e também não há contraindicações. A mulher pode realizar o exame mesmo se estiver em período menstrual.

Em casos de exames para pesquisa de endometriose, é necessário que a mulher realize um preparo intestinal prévio ao exame.

Depois do exame, a mulher retoma as atividades diárias normalmente, sem a necessidade de repouso ou de qualquer procedimento.

Ultrassonografia suprapúbica

A ultrassonografia suprapúbica é realizada externamente. O transdutor desliza sobre um gel aplicado na região do baixo abdômen emitindo ondas que formam imagens no monitor para avaliação médica.

Também chamado de ultrassonografia pélvica por via abdominal, o exame tem finalidade e indicações similares à transvaginal, mas requer preparo da paciente.

Muitas vezes a via suprapúbica é utilizada para complementar a avaliação por via vaginal e, em casos de endometriose, nos auxilia a encontrar focos da doença em partes mais altas do abdômen, como o apêndice.

Preparação e pós-exame

A ultrassonografia suprapúbica requer que a bexiga esteja cheia, pois isso faz com que as alças intestinais se desloquem e a região a ser examinada fique mais visível.

Esclarecemos todos os passos que devem ser cumpridos para a realização do exame.

Da mesma forma que na ultrassonografia transvaginal, a mulher consegue retomar suas atividades diárias assim que finaliza o exame.

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