A idade é o principal fator que interfere na fertilidade feminina. Ela não só está relacionada com a diminuição da quantidade e da qualidade dos óvulos, mas também com doenças e anormalidades clínicas, uterinas e tubárias, que podem ser detectadas por seu médico.
A mulher já nasce com todos os óvulos que os ovários vão liberar durante sua vida fértil, portanto ela não produz novos gametas. Com o avançar da idade, sua fertilidade diminui e os riscos relacionados à gravidez aumentam.
Se por um lado isso gera menores chances de gravidez, maiores riscos de abortos e malformações e uma gravidez com maiores riscos de saúde para a mulher e isso tudo deve ser informado cuidadosamente para o casal, por outro lado, como profissionais, não podemos “discriminar” essas pacientes simplesmente dizendo que as chances são remotas e não vale a pena tentar. Considero que uma vez colocadas de maneira clara as chances e riscos, se optarmos por tentar engravidar nesse momento de vida, temos que conduzir de maneira cuidadosa todos os fatores envolvidos, mas sempre motivando e se esforçando ao máximo para conseguirmos sucesso.
Quer saber mais sobre a gravidez em idade mais avançada? Continue lendo o texto!
Biologicamente, o melhor período para a gravidez é entre os 20 e os 29 anos de idade, pois, a partir dos 30 anos de idade, a reserva de óvulos da mulher está reduzido e após os 35 anos a fertilidade diminui de forma ainda mais intensa.
Dos 35 aos 40 anos de idade os óvulos potencialmente férteis diminuem drasticamente. Nesta idade, os ovários da mulher já não respondem da mesma forma aos hormônios responsáveis pelo crescimento folicular e pela ovulação, o que traz riscos.
Vale ressaltar que a fertilidade da mulher começa a diminuir por volta dos 30 anos de idade, mas as chances de gravidez caem mais drasticamente a partir dos 35 anos, quando há um aumento na proporção de mulheres com problemas de fertilidade, abortos espontâneos ou outras complicações com o bebê. Portanto, os especialistas indicam que o ideal é tentar engravidar antes dos 35 anos, mas nem sempre o casal está preparado ou quer ter essa responsabilidade.
Do ponto de vista de reserva e qualidade de óvulos, para esses casos, indico a preservação social da fertilidade, ou seja, o congelamento de óvulos. A mulher pode congelar seus óvulos com menos de 35 anos, conservando sua qualidade, e mantê-los preservados até decidir engravidar e, nesse momento, se houver dificuldades, temos os óvulos congelados para tentarmos a gravidez com FIV.
À medida que a idade da mulher avança diversos riscos podem surgir. Saiba quais são alguns destes riscos.
Um alerta para quem deseja ser mãe em idade avançada é a malformação do feto, que é aumentada em gestantes com idade superior a 35 anos.
Com a elevação da expectativa de vida, os casais têm filhos cada vez mais tarde, o que requer cuidados especiais.
Muitos estudos foram e são feitos para investigar o risco de aborto por idade da mulher. De modo geral, todos concluem que, com o passar do tempo, esse risco aumenta.
A pressão arterial alta pode atingir mulheres que engravidam depois dos 30 anos de idade, também conhecida como doença hipertensiva específica da gravidez ou pré-eclâmpsia. Pode causar pressão alta, inchaço do rosto e das mãos e danos ao sistema nervoso, o que pode provocar convulsões, derrame ou outras complicações mais sérias. Além da hipertensão, a gestação em idade mais avançada também relaciona-se a maiores riscos de diabetes gestacional.
Maiores riscos durante o parto
Gestações em idade mais avançada também associam-se a maiores riscos de sangramento durante o parto, e esse agravo à saúde deve ser conhecido tanto pela paciente como seu obstetra.
A mulher tem diversas fases reprodutivas durante sua vida. Com o passar dos anos, a fertilidade da mulher sofre um progressivo declínio, que pode ser atribuído a mudanças na qualidade dos oócitos, eficiência da ovulação, frequência da ovulação, mudanças na função sexual, saúde uterina e risco de complicações gestacionais.
Assim, essas mulheres devem conhecer esses riscos, tentar engravidar o mais cedo possível, ter uma vida saudável, em casos de dificuldades, procurar logo um profissional da reprodução assistida e ser acompanhada cuidadosamente pelo seu ginecologista durante o período pré-concepcional e principalmente fazer um pré-natal cuidadoso para que consiga ter uma gestação, um parto e um (a)filho(a) saudáveis.
Nós como especialistas devemos oferecer todas as informações necessárias para o casal, orientar corretamente sobre os possíveis tratamentos e principalmente acreditar no potencial reprodutivo da mulher, oferecendo um atendimento acolhedor e competente para maximizar as chances e minimizar os riscos daquele casal.
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