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Quero engravidar, mas não quero FIV. O que fazer?

Será que um casal com infertilidade tem como única opção de tratamento a fertilização in vitro (FIV)? O que fazer quando o melhor tratamento, do ponto de vista técnico, é a FIV, mas o casal não quer escolher esse caminho?

Essa situação é frequente e pode causar muitas dores no casal. Sabemos o que é infertilidade. O casal tentou engravidar por determinado período de tempo e tem o seguinte medo: se formos falar com o ginecologista, talvez ele não consiga diagnosticar o problema e, se formos a um especialista em reprodução assistida, ele vai indicar a FIV.

No entanto, a FIV nem sempre é necessária. Existem 5 pilares nos quais nos baseamos para indicar o melhor tratamento: qualidade de vida, tratamentos hormonais, tratamentos cirúrgicos, tratamentos de reprodução assistida de baixa complexidade e tratamentos de alta complexidade, como a FIV.

Às vezes, mesmo sabendo que a FIV é a melhor opção para engravidar, o casal quer saber se tem chances efetivas de engravidar com outras opções, considerando os outros 4 pilares.

A resposta é: sim. Em muitas condições que causam subfertilidade, é possível manejar esses casais com outros tipos de tratamento.

Qualidade de vida

É muito importante que o casal cuide da saúde. Parar de fumar, por exemplo, aumenta significativamente a fertilidade. Uma mulher com alterações ovulatórias em sobrepeso ou obesidade, se perder 10% do seu peso corpóreo, aumenta em 15% a 20% a chance de ovular espontaneamente, tornando possível engravidar.

A qualidade de vida, portanto, que envolve também atividade física, alimentação adequada, sono adequado melhora as chances naturais de engravidar.

Outro fator importante relacionado à qualidade de vida é o período fértil, o momento ideal para o casal ter relação sexual, o momento em que há maiores chances reprodutivas.

Às vezes, no entanto, isso não vai ser o suficiente.

Tratamentos hormonais

Muitas vezes, pequenos manejos do funcionamento de glândulas tanto no homem como na mulher podem ajudar. Isso pode melhorar a produção espermática e a ovulação, maximizando as chances de sucesso.

É importante entender o período menstrual da mulher, considerando, por exemplo, o intervalo menstrual e a quantidade de dias que ela menstrua, para saber o momento mais provável da ovulação. É fundamental que a mulher conheça seu corpo. Esse autoconhecimento ajuda o casal a engravidar de uma maneira mais natural.

Às vezes, no entanto, são necessários pequenos ajustes hormonais para que esse funcionamento tanto no homem como na mulher seja melhor. Nesse segundo pilar, propomos, para melhorar a fertilidade do casal, o tratamento de doenças de base que podem afetar a ovulação. O exemplo é a tireoide não estar funcionando bem. Outro exemplo é a prolactina. Se a mulher tiver um nível de estresse muito alto, os níveis de prolactina podem se alterar e fazer com que a ovulação não aconteça adequadamente.

Outro tratamento hormonal ou metabólico é para o homem que tem sobrepeso, que tem aumento da resistência à insulina ou mesmo diabetes e tem piora da qualidade de espermatozoides. Readequar o peso, melhorar a alimentação e fazer atividade física, além de melhorar a qualidade de vida e reduzir as chances de problemas cardiovasculares no futuro, aumenta a fertilidade.

Tratamentos cirúrgicos

O terceiro pilar é muito importante. Em algumas situações, o tratamento cirúrgico oferece benefícios claros para melhorar a fertilidade.

O homem que tem varicocele, que tem piora da produção de espermatozoides, pode optar pela FIV. Em muitos casos, esse é o melhor caminho. No entanto, se por motivos pessoais, religiosos, filosóficos, ele não quiser fazer a FIV, a correção da varicocele pode melhorar a chance de gravidez natural. Portanto, ter um bom urologista é uma ótima opção para esse casal. Aqui na clínica oferecemos essa comodidade.

Às vezes, o casal faz a correção da varicocele e tenta engravidar naturalmente, mas não tem sucesso. Essa correção da varicocele pode ter melhorado a qualidade do espermatozoide para aumentar as chances de uma eventual técnica de baixa complexidade, como a inseminação artificial ou inseminação intrauterina, ou mesmo da FIV, mas não foi o suficiente para conseguir a gravidez naturalmente.

Para a mulher, os procedimentos cirúrgicos também são importantes, por exemplo quando tem diagnóstico de endometriose ou tem mais de 39 anos e uma baixa reserva ovariana.

Às vezes, tanto o homem como a mulher têm condições que reduzem a fertilidade. O caminho comum para este casal é a FIV, mas às vezes eles não querem por alguma razão. Esse casal pode se beneficiar de outros tratamentos.

Nesses casos, para o homem podem ser indicadas melhorias na qualidade de vida, podem ser feitos manejos hormonais e ser indicada uma cirurgia para correção da varicocele. Para a mulher, pode-se oferecer a melhor cirurgia depois do melhor diagnóstico da endometriose. Eles terão chances de gestação natural. Se as doenças de base não forem tratadas, eles não terão chances.

Esse é um casal que, em princípio, receberia indicação de FIV como tratamento inicial, mas existem outras opções efetivas para casais que não querem seguir por esse caminho por qualquer razão.

O importante é que o casal receba informações consistentes para que as melhores decisões sejam tomadas. É importante, por exemplo, dizer quais são as chances de sucesso do caminho menos invasivo do ponto de vista de reprodução assistida e talvez mais invasivo do ponto de vista cirúrgico.

Tratamentos de baixa complexidade

O quarto pilar que pode ser considerado para esses casais que não querem FIV são os tratamentos de baixa complexidade, basicamente a indução da ovulação.

Depois de todos os ajustes feitos pelos outros pilares, podem ser administradas certas medicações por via oral ou injetáveis em mulheres que não ovulam adequadamente para que ela tenha o melhor momento possível da ovulação e maximize suas chances de gestação natural.

Talvez, os ajustes feitos por esses quatro pilares podem oferecer o mesmo resultado que uma FIV ofereceria, mas percorrendo um outro caminho. A intenção é maximizar as chances de engravidar da maneira mais adequada para o casal.

Caso ainda assim não haja sucesso, podemos optar pelos tratamentos de alta complexidade, como a FIV, que são o quinto pilar.

Tratamentos de alta complexidade

O quinto e último pilar são os tratamentos de alta complexidade. Fertilização in vitro, doação de óvulos, recepção de óvulos, congelamento de óvulos, congelamento de embriões, útero de substituição, entre outras são técnicas que podem ser indicadas para aumentar as chances de casais terem filhos.

Se o casal não conseguir engravidar depois de passarmos pelos quatro primeiros pilares, é importante considerar os tratamentos de alta complexidade.

Plano de tratamento

Em última análise, depois de um diagnóstico adequado, o médico especialista em reprodução humana vai elaborar um plano de tratamento para o casal, e esse plano vai indicar os tratamentos de reprodução assistida e os que não são de reprodução assistida que podem melhorar as chances de gravidez daquele casal, lembrando que todo o processo é individualizado.

Com tudo isso ponderado, médico e casal definem juntos o melhor caminho a ser trilhado. O objetivo é conseguir a gestação da forma mais adequada para cada casal.

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