Atualmente, mais da metade das pacientes que atendemos na clínica são de outras cidades, estados e até países. Como conseguimos fazer um tratamento eficaz para pessoas que estão longe? Vamos explicar como conduzimos o atendimento dessas pacientes chamadas “externas” ou “de outras localidades”.
Saiba mais sobre o assunto e veja como a distância não é um impeditivo para você procurar os tratamentos de reprodução assistida.
A primeira consulta com o especialista pode ser por telemedicina. A pandemia nos ensinou muito sobre essa possibilidade e passamos a ser muito eficazes nessa primeira avaliação por telemedicina.
Nessa primeira avaliação, recebemos exames que a paciente já tenha feito e analisamos o histórico de tratamentos. Portanto, nessa primeira conversa já é possível termos um panorama geral da paciente e solicitar alguns exames que estejam faltando e sejam fundamentais para a investigação da infertilidade.
Ao longo do tempo, nossa clínica foi estabelecendo parcerias com profissionais, laboratórios e centros de imagem em vários locais no Brasil e fora do país.
Assim, depois da primeira consulta, solicitamos alguns exames para a paciente e, dependendo de onde ela estiver, vamos solicitar os exames necessários e indicar o local e o profissional que poderá fazê-los. Temos na clínica uma concierge que ajuda as pacientes a organizar isso muito bem.
A paciente faz os primeiros exames externos e encaminha para a nossa clínica. Tendo os resultados, vamos conversar novamente por telemedicina para estabelecer a estratégia de tratamento. Esse é o plano de tratamento.
Se, por exemplo, é indicada a fertilização in vitro (FIV) ou um congelamento de óvulos para a paciente, precisamos identificar a data da última menstruação, avaliar como o ciclo menstrual dela funciona e solicitar alguns exames em data específica para que possamos começar a indução da ovulação no momento mais oportuno.
Até esse momento a paciente continua em sua cidade.
Os remédios para indução da ovulação que vamos prescrever chegam até ela por distribuidoras. Ela entra em contato com essas distribuidoras e o remédio chega facilmente em praticamente qualquer região.
No segundo encontro por telemedicina, já tendo os resultados dos exames, vamos estabelecer em conjunto com a paciente um plano de tratamento e avaliar como faremos os procedimentos necessários da forma mais cômoda para ela. Não é fácil marcar passagem de avião de um dia para o outro e não é fácil se deslocar de um momento para o outro para São Paulo.
Tudo isso gera estresse e custo. Portanto, tentamos organizar isso com a paciente previamente, com a ajuda de uma equipe aqui na clínica preparada para isso, de uma concierge, que vai facilitar todo esse processo.
A organização fica mais ou menos da seguinte forma com a paciente:
A paciente começou a indução da ovulação e fez ultrassons depois de 6 e 8 dias ainda em sua cidade. Normalmente, no décimo dia ela precisa estar aqui em São Paulo.
Esse décimo dia costuma ser o dia em que vamos determinar, por ultrassom, o dia em que será feita a coleta de óvulos, que costuma ser depois de 2 ou 3 dias desse ultrassom. Dessa forma, a paciente vai ficar aqui em São Paulo por 3 ou 4 dias, no máximo.
Se o tratamento for um congelamento de óvulos, 4 dias depois a paciente volta para a sua cidade. Tudo é feito de forma organizada e agendada, sem atrapalhar o dia a dia dela. Geralmente, fazemos de uma forma que parte do tempo que ela precisará ficar em São Paulo seja no final de semana para afetar o menos possível seu cotidiano.
Se o tratamento for um congelamento de embriões com teste genético (PGT) ou não, a paciente também coleta os óvulos e o companheiro dela coleta os espermatozoides, portanto o casal fica aqui em São Paulo por no máximo 4 dias.
Se a indicação for de FIV, há duas possibilidades. Quando a transferência embrionária estiver programada para o mesmo mês, chamada de transferência embrionária a fresco, existe um intervalo de cinco dias entre a coleta de óvulos e a transferência do embrião. Há duas opções nesse caso: o casal fica em São Paulo (pode fazer turismo – indicamos muitos lugares interessantes) ou volta para a sua cidade e depois de alguns dias vem novamente para cá.
Quando a transferência estiver programada para o mês seguinte, o casal vai embora e volta pouco antes da transferência.
Depois da transferência embrionária, quer seja feita no mesmo mês, quer seja feita no mês seguinte, um dia depois a paciente está absolutamente liberada para pegar avião, pegar o carro e voltar para casa.
É dessa forma que funciona o tratamento para quem mora fora de São Paulo. A maior parte desses tratamentos é a FIV ou o congelamento de óvulos.
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