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Dor pélvica: quais podem ser as causas?

Existem inúmeras doenças que provocam infertilidade feminina. Algumas são assintomáticas e difíceis de identificar, outras podem ser diagnosticadas a partir de seus sinais e sintomas. Contudo, somente a avaliação de um especialista e a realização de exames específicos direciona o diagnóstico correto. Isso porque alguns sintomas podem indicar diferentes patologias, a exemplo da dor pélvica.

A dor pélvica está presente em várias doenças ginecológicas, como endometriose, miomas, doença inflamatória pélvica (DIP), entre outras. Além disso, também pode indicar outros tipos de afecções, não relacionadas ao sistema reprodutor, como problemas intestinais e urológicos.

Acompanhe este post com atenção e descubra quais são as principais causas de dor pélvica feminina!

O que é dor pélvica?

A dor pélvica é o desconforto sentido na parte inferior do abdome — região popularmente chamada de “pé da barriga”. Trata-se de uma queixa comum em mulheres, principalmente no período menstrual. Homens também podem apresentar esse sintoma em casos de problemas intestinais ou alterações na próstata.

A dor pélvica feminina tem causas ginecológicas e não-ginecológicas. No primeiro caso, a dor pode se originar na cérvice (colo do útero), no útero ou nos anexos uterinos (tubas e ovários). No entanto, algumas vezes, as causas desse sintoma são desconhecidas.

Importante deixar claro que a dor pélvica não é classificada como uma doença, mas um quadro clínico que pode ser provocado por diferentes patologias. O sintoma pode ocorrer de forma aguda, crônica ou cíclica — acentuado durante o período menstrual.

A dor pélvica crônica (DPC) é uma das causas mais frequentes das consultas ginecológicas e configura um motivo de angústia para as pacientes. O quadro é definido como um sintoma doloroso originário de órgãos pélvicos, com duração de 6 meses ou mais, e com possíveis implicações comportamentais, sexuais e emocionais.

Afinal, quais podem ser as causas de dor pélvica?

Como já foi colocado, a dor pélvica pode ter causas ginecológicas e não-ginecológicas. Dentre essas últimas, as mais relevantes são as intestinais (exemplo: síndrome do intestino irritável e constipação crônica) e urológicas (exemplo: infecção urinária de repetição e cistite intersticial crônica). Problemas osteomusculares, como a dor miofascial, e até distúrbios emocionais, como a somatização, também estão entre as causas não-ginecológicas.

Já entre as causas ginecológicas da dor pélvica estão:

Miomas uterinos

Miomas são tumores benignos que se formam no miométrio. São classificados como submucosos, intramurais e subserosos, de acordo com seu desenvolvimento na parede uterina. Alguns podem crescer em direção à cavidade do útero (os submucosos), causando infertilidade.

Os miomas podem ser assintomáticos ou causar sintomas como dor pélvica, sangramento anormal, distensão abdominal, entre outros.

Sinequias

Sinequias são formações de tecido cicatricial que chegam a preencher a cavidade uterina, interferindo nas funções reprodutivas. Quando se desenvolvem em grande proporção — condição chamada síndrome de Asherman — podem provocar amenorreia ou hipomenorreia (ausência ou redução da menstruação), dor pélvica, infertilidade e abortamento de repetição.

Doença inflamatória pélvica (DIP)

A DIP é uma condição comumente associada a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e pode afetar vários órgãos reprodutores de forma simultânea. Salpingite e endometrite — inflamação nas tubas uterinas e no endométrio, respectivamente — são as complicações mais comuns.

Dor pélvica, dor abdominal e secreção vaginal são alguns dos sintomas. Além disso, o risco de infertilidade é alto, devido à obstrução tubária e à alteração na receptividade endometrial.

Cistos anexiais

A formação de cistos benignos nos ovários é comum, normalmente não provoca sintomas e os cistos regridem espontaneamente. Entretanto, eles podem sofrer uma ruptura ou torção, causando dor pélvica aguda e intensa. Quando isso acontece, a mulher pode precisar de atendimento médico de urgência.

Dor da ovulação

Outra condição eventualmente associada à dor pélvica é a ovulação. Algumas mulheres não notam nenhum sinal do período ovulatório, enquanto outras podem ter manifestações como: presença de um muco vaginal transparente e viscoso (semelhante à clara de ovo); pequeno sangramento; dor pélvica aguda, decorrente da ruptura do folículo que armazena o óvulo.

Endometriose

A endometriose provoca infertilidade em grande parte das portadoras, além de desencadear sintomas que chegam a afetar a qualidade de vida da mulher. A doença é caracterizada pelo crescimento de tecido endometrial (semelhante ao intrauterino) em órgãos pélvicos como tubas, ovários, bexiga e intestino. Esses implantes de endométrio ectópico provocam um processo inflamatório geralmente sintomático.

Além da dor pélvica e da infertilidade, a endometriose pode causar dismenorreia (cólicas intensas), dispareunia e alterações urinárias e intestinais cíclicas.

Adenomiose

Com certa frequência, endometriose e adenomiose coexistem. Ambas as condições envolvem um quadro inflamatório decorrente da presença de endométrio ectópico. A diferença é que na endometriose esse tecido se implanta fora do útero, enquanto a adenomiose se desenvolve no miométrio, camada intermediária do útero. Nesse caso, as lesões são provocadas pela invasão direta do tecido adjacente.

Dor pélvica e sangramento uterino anormal estão entre os principais sintomas de adenomiose.

Agora que você já sabe quais são as principais causas ginecológicas de dor pélvica, confira nosso texto completo sobre endometriose para ter outras informações acerca dessa doença!

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