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Epididimite

O epidídimo é um duto microscópico extenso pelo qual as células espermáticas produzidas nos testículos passam no processo de maturação. O epidídimo, cuja função é armazenar e transportar os espermatozoides, leva ao duto deferente e é formado por três partes: cabeça (caput), corpo (corpus) e cauda (cauda).

A epididimite é uma inflamação do epidídimo causada principalmente por bactéria, como a da gonorreia ou clamídia, e pode, mesmo que raramente, levar à infertilidade. Quando o testículo também é afetado, a doença é denominada epidídimo-orquite.

Embora possa afetar homens de todas as idades, é mais prevalente entre os que estão na faixa etária entre os 18 e os 35 anos, devido a uma atividade sexual mais intensa. Em homens não ativos sexualmente, as causas mais comuns da epididimite são as infecções do trato urinário e da próstata, que podem migrar para o epidídimo.

A doença também pode ser causada pelo fluxo retrógrado da urina, que pode ser provocado por trauma ou alguma malformação do trato genital masculino. Nesse caso, é uma epididimite não bacteriana, mas que pode evoluir para uma infecção bacteriana.

Os principais fatores de risco da epididimite são:

  • Histórico de IST e de infecções na próstata e/ou no trato urinário;
  • Manter relações sexuais sem preservativo;
  • Realização prévia de procedimento médico que tenha utilizado cateter urinário.

Assim como muitas outras ISTs, a forma mais eficaz de prevenir a epididimite é fazer uso de preservativo.

Sintomas

São muitos os sintomas da epididimite, alguns deles parecidos com os de outras ISTs, por isso é importante investigar a fundo cada caso e eliminar a hipótese de outras doenças.

A epididimite se torna crônica quando os sintomas duram mais do que seis semanas ou há constantes reincidências.

Os sintomas mais comuns da epididimite são:

  • Dor ao urinar, nos testículos, no baixo abdômen e/ou na pelve;
  • Ejaculação ou ato sexual com dor;
  • Vontade de urinar com maior frequência;
  • Indícios de sangue no sêmen;
  • Escroto avermelhado, inchado ou mais quente;
  • Intumescimento dos gânglios linfáticos da virilha;
  • Presença de secreção;

Exames e diagnóstico

O exame físico é o primeiro recurso do médico para investigar uma possível epididimite. O médico consegue identificar se os gânglios linfáticos da virilha e os testículos estão alterados e se há secreção uretral, que pode ser coletada para exames mais específicos.

Há ainda outros exames que ajudam o médico a fazer o diagnóstico:

  • Exames de urina e de sangue;
  • Exames de imagem para descartar outras doenças;
  • Ultrassonografia;
  • Testes de ISTs.

Uma vez que os sintomas da epididimite são diversos e parecidos com outras ISTs, é importante que o paciente procure um médico sempre que notar alguma alteração ou sentir dor. As sequelas das ISTs podem ser irreversíveis.

Tratamento

O tratamento da epididimite é feito, de modo geral, com antibióticos, já que é uma doença causada por bactérias. Durante o tratamento, o paciente pode continuar com dor, portanto o médico geralmente recomenda repouso e compressas frias; analgésicos também podem ser prescritos.

Por se tratar de uma doença provocada por bactéria, o médico precisa reavaliar o paciente depois de terminado o tratamento, pois não pode restar nenhum foco da infecção. Se não houver mais a presença da infecção, o paciente está completamente curado. Caso contrário, o médico deverá examinar novamente o paciente e indicar outro antibiótico. Um dos motivos do fracasso do tratamento é o não cumprimento das indicações médicas.

É importante que ambos os parceiros sejam tratados ou ao menos passem por uma avaliação para identificar a presença da IST. Caso contrário, o paciente que está em tratamento pode contrair novamente a bactéria.

Se a doença não for tratada rápida e corretamente, pode gerar complicações e afetar diretamente a qualidade de vida do paciente, assim como causar infertilidade.

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