Fiquem atentos!!! Os dados científicos existentes, nos quais nos baseamos para fazer essas perguntas e respostas, devem ser avaliados com cautela, pois os relatos e trabalhos científicos publicados baseiam-se em um pequeno número de gestantes e recém-nascidos. Assim, iremos atualizar com frequência essa publicação!
Os estudos científicos não demonstraram até o momento a presença do vírus nos óvulos, espermatozoides, fluido seminal, secreção vaginal e/ou em outras partes do trato genital masculino e/ou feminino de pessoas infectadas pelo coronavírus.
Não sabemos se o coronavírus pode acometer a fertilidade feminina e/ou masculina. Ao que tudo indica, não! Além disso, segundo a literatura médica disponível, não foram detectadas repercussões virais nos óvulos e/ou espermatozoides que afetassem a sua qualidade e quantidade, e, por consequência, a capacidade de se desenvolverem embriões.
Até o momento, também não há evidências científicas sobre a existência de algum prejuízo da qualidade do embrião e sua capacidade de se implantar e/ou de se desenvolver dentro do útero caso essa mulher tenha tido contato ou venha a ter contato com coronavírus.
Como não temos respostas sobre o efeito do coronavírus na saúde do embrião ou do feto no primeiro ou no segundo trimestres de gestação, ainda não recomendamos que as pacientes engravidem nesse momento. Esse é um dos motivos pelos quais não recomendamos realizar a transferência embrionária nesse momento da pandemia.
Até agora, todos os estudos nos mostram que o vírus não atinge os óvulos, os espermatozoides nem o embrião. Sabemos também que esperar para iniciar seu tratamento pode acabar diminuindo suas chances de sucesso e, por isso, principalmente nas situações em que a espera pode causar grande prejuízo às suas chances, recomendamos que seu tratamento seja realizado, desde que possamos oferecer a maior segurança possível para seu atendimento.
Essa é realmente uma situação muito difícil, mas, em nome da sua segurança, da segurança da comunidade e de todos os profissionais envolvidos em seu tratamento, a nossa conduta será a de cancelar seu tratamento e, assim que você se recuperar, iremos reiniciar seu tratamento.
Mulheres grávidas não parecem ser mais propensas a contrair a infecção do que a população em geral. No entanto, é conhecido que a gravidez em si altera a resposta imunológica a infecções virais, que ocasionalmente pode gerar sintomas mais graves. Isso é particularmente observado no final da gravidez. Essa situação não é exclusiva do COVID, pois outras infecções respiratórias, como a gripe e pneumonia, sempre são mais graves em mulheres grávidas, principalmente nos últimos trimestres de gravidez.
Os dados do início da gravidez em pacientes com infecção por COVID são extremamente escassos, por isso não sabemos se existe aumento de chance de aborto.
As gestantes de alto risco, que são aquelas portadoras de algum problema de saúde, como hipertensão arterial, diabetes, doenças renais, asmáticas ou obesidade, podem ter a forma mais grave do coronavírus por serem portadoras de doenças associadas, assim como a população geral com essas doenças ou outras comorbidades.
Não existem estudos mostrando riscos de malformação em gestantes infectadas pelo COVID-19 até o momento.
Existem relatos de aumento de chances de trabalho de parto prematuro e rotura prematura da bolsa amniótica em gestantes que tiveram formas graves do COVID no final da gravidez.
Os estudos não demonstraram riscos da transmissão do coronavírus acontecer através da placenta, assim a resposta é “possivelmente não”.
Até o momento, não há consenso científico sobre o aleitamento materno. Por esse motivo, não existe proibição formal para a mãe que deseja amamentar, sendo indicada a utilização de máscara facial para reduzir o risco de transmissão ao bebê, além de todas as outras medidas de proteção recomendadas, como higiene das mãos, etiqueta da tosse e utilização de álcool gel.