Antes de iniciarmos nosso artigo, vale relembrar o que é a fertilização in vitro (FIV), e lembrar que de todas as técnicas de reprodução assistida, a FIV é a mais realizada no mundo.
Trata-se de uma técnica de alta complexidade, que realiza a fecundação fora do corpo da mulher, em um laboratório de embriologia, após a preparação dos óvulos e dos espermatozoides para que a gravidez possa acontecer.
Existem dois tipos de FIV, a clássica e a com ICSI.
Você conhece todos os passos da FIV? Que tal conhecê-los agora?
A administração de hormônios injetáveis para estimular o crescimento de um número maior de folículos é o primeiro passo do tratamento. O tipo de hormônio, assim como sua dose e frequência, vai depender das peculiaridades de cada paciente, porque cada uma responde de forma diferente aos medicamentos.
Esse primeiro passo da FIV termina quando os folículos amadurecem e atingem o tamanho ideal para a captação dos óvulos.
Durante toda essa primeira parte da FIV, que dura cerca de 10 a 12 dias, é feito o acompanhamento do desenvolvimento dos folículos por ultrassonografia transvaginal.
Após a constatação do tamanho adequado dos folículos, utiliza-se uma última medicação para deflagrar a ovulação, como hCG ou agonistas do GnHR. Passadas 35 horas da aplicação dessas medicações, com a paciente sob efeito de anestesia, o médico faz a punção dos folículos guiado por enviado para análise microscópica, para que os óvulos sejam separados do material coletado.
Geralmente, no mesmo dia da punção dos óvulos, os espermatozoides são coletados, para serem selecionados e preparados para a fecundação. Se porventura o companheiro não puder estar presente nesse momento, pode deixar sua amostra seminal congelada ou resfriada no local do procedimento.
Caso o companheiro não tenha espermatozoides de qualidade, os espermatozoides podem ser fornecidos por bancos de sêmen.
Há duas maneiras de realizar a fecundação: da maneira clássica, em que os óvulos e espermatozoides são colocados em uma placa de petri para que haja a fecundação; ou por injeção intracitoplasmática de espermatozoides, em que os gametas masculinos e o feminino são manipulados microscopicamente para que o espermatozoide seja injetado diretamente no citoplasma do óvulo.
Na etapa do cultivo dos embriões, é feito o monitoramento para avaliar o desenvolvimento dos embriões. Esse período tem duração média de 3 a 6 dias. Os embriões que se desenvolvem passam por uma avaliação e seleção dos de melhor qualidade para futura transferência ao corpo da mulher. O cultivo se encerra quando eles são finalmente implantados no útero.
Os melhores embriões são transferidos para o útero com o auxílio de um cateter guiado por ultrassom. O momento mais adequado para a transferência de embriões tem relação com o histórico da paciente e com o desenvolvimento embrionário.
Você deve estar se perguntando se há uma quantidade específica de embriões que podem ser transferidos. Sim, há. Essa quantidade varia de acordo com a idade da mulher. Se ela tiver até 35 anos, pode receber dois, no máximo. Se estiver com idade entre 36 e 39 anos, pode receber até três.
Mulheres com idade superior a 40 anos podem transferir até quatro embriões, no entanto, devido ao alto risco de gestação múltipla, em geral optamos por transferir um ou dois embriões.
Diferentemente da aspiração, a transferência não necessita de anestesia.
Os embriões excedentes e não transferidos devem ser criopreservados e podem ser utilizados posteriormente, evitando um novo ciclo de estimulação ovariana, se o casal optar ou precisar se submeter a outro processo de FIV.
Assim como ocorre em todas as técnicas de reprodução assistida, o sucesso da FIV depende de algumas características do casal, como a idade da mulher, mas, no geral, oferece cerca de 30% a 60% de êxito, uma porcentagem bastante alta.
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