Diversas funções do nosso organismo são controladas pelo sistema endócrino, em conjunto com o sistema nervoso. A regulação dos ciclos de sono, o crescimento dos tecidos e a reprodução são apenas alguns exemplos. Ele é composto por várias glândulas endócrinas, que estimulam e secretam hormônios para o organismo, como o FSH e LH.
Eles são hormônios fundamentais para a função reprodutiva, assim como, o estrogênio, a progesterona e a testosterona. O FSH e LH, especificamente, são produzidos na hipófise. No entanto, possuem funções diferentes de acordo com o gênero.
Nas mulheres, eles atuam juntos no ciclo menstrual para que a ovulação aconteça. Além disso, caso a mulher seja submetida a uma técnica de reprodução assistida, esses dois hormônios também fazem parte da estimulação ovariana, primeira etapa do processo.
Ao longo da leitura, você vai conhecer mais detalhes sobre como o FSH e LH funcionam e como eles se relacionam com a fertilidade. Vamos lá?
O FSH (hormônio folículo-estimulante) é produzido na hipófise e desempenha um papel fundamental para o sexo masculino, como para o feminino. Nos homens, ele é responsável por estimular a produção dos espermatozoides. E nas mulheres, o FSH atua no amadurecimento dos óvulos.
Ele começa a ser produzido na puberdade e o seu nível de produção varia de acordo com a idade, o gênero e, no caso das mulheres, com o ciclo menstrual, que é dividida em 3 fases. São elas: folicular, ovulatória e lútea.
Durante a fase folicular, que começa no primeiro dia da menstruação e dura entre 5 a 12 dias, acontece o pico de produção do hormônio FSH. Dessa forma, os folículos ovarianos estimulam o amadurecimento dos óvulos. Além disso, o FSH também estimula a produção de estrogênio, hormônio essencial para a reprodução.
O hormônio luteinizante ou, simplesmente, LH, também é produzido pela hipófise por ambos os sexos. Nos homens, ele atua diretamente na produção de espermatozoides e da testosterona. Ao passo que, nas mulheres, o LH é responsável pelo amadurecimento dos folículos, pela ovulação e pela produção de progesterona, outro hormônio sexual feminino.
O LH atua, principalmente, na segunda fase do ciclo menstrual, que ocorre por volta do 14º dia. O aumento do nível desse hormônio induz a liberação do óvulo maduro, processo chamado de ovulação.
O FSH e o LH atuam diretamente no amadurecimento e na liberação do óvulo para o seu encontro com o espermatozoide. Por isso, quando a ovulação não acontece, mulher não consegue engravidar naturalmente. Uma das consequências desse desequilíbrio hormonal é a infertilidade.
Níveis elevados de FSH demonstram mau funcionamento nos ovários e nos testículos. ovulação.
A ausência da menstruação (amenorreia) é um sintoma comum entre mulheres com níveis baixos de LH no organismo. Enquanto que, doses muito altas são encontradas em mulheres com insuficiência ovariana, síndrome dos ovários policísticos (SOP) e na menopausa.
Quando o casal apresenta dificuldade para engravidar, um dos métodos de investigação é um exame de sangue para avaliar os níveis dos hormônios na paciente. Caso a infertilidade seja confirmada, uma das formas de tratamento é o uso de técnicas de reprodução assistida.
Existem 3 técnicas de reprodução assistida disponível atualmente: a FIV (FIV clássica ou por ICSI), a relação sexual programada e a inseminação artificial. Uma etapa que todas tem em comum é a estimulação ovariana.
Ela marca o início do processo, com a finalidade de aumentar o número de óvulos produzidos que serão utilizados durante a fecundação. Em um ciclo menstrual regular, apenas um óvulo é liberado na ovulação. A estimulação ovariana visa aumentar esse número.
Para isso, habitualmente no início do ciclo menstrual, a paciente começa a utilizar uma medicação hormonal para estimular o desenvolvimento dos folículos ovarianos. O protocolo utilizado depende da realidade de cada mulher.
A administração de FSH pode ser utilizada nessa fase, mas ele não é a única opção. Os hormônios utilizados, as doses e a duração dessa etapa são definidas individualmente a fim de desenvolver óvulos de melhor qualidade sem colocar a saúde da paciente em risco.
O FSH e LH desempenham um papel fundamental na reprodução humana, sendo encontrados em tanto em homens, como em mulheres. O excesso ou a escassez desses hormônios denotam um provável mal funcionamento das gônadas. Nesses casos, as técnicas de reprodução assistida são uma alternativa muito procurada por casais que sonham em ter filhos.
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