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Nidação: quais são os sintomas?

A gestação é um processo delicado e passa por várias etapas, desde o momento em que o espermatozoide fecunda o óvulo até o dia do parto. Os estágios iniciais são determinantes e se houver alguma falha no período entre o encontro dos gametas e a nidação, o resultado pode ser a interrupção da gravidez.

A nidação representa o início da gestação. Mas antes que isso aconteça, as células germinativas precisam percorrer um caminho.

Quer entender como os processos reprodutivos acontecem? Acompanhe este post, veja o que é nidação e saiba quais são os possíveis sintomas dessa etapa gestacional!

O que é nidação?

Nidação é um termo utilizado para referir o momento da fixação do embrião na parede do útero — outra expressão sinônima é a implantação. Antes que isso ocorra, há uma série de processos que precedem o marco inicial da gestação.

Tudo começa com o encontro entre óvulos e espermatozoides que, na concepção natural, acontece nas tubas uterinas. Quando o gameta masculino consegue fertilizar um oócito, ele dá origem ao zigoto. A partir de então, tem início o processo de divisão celular, ou fase de clivagem, que permite um rápido desenvolvimento do embrião.

Enquanto as clivagens continuam, o embrião se desloca pelas tubas uterinas, em direção ao útero. Em torno de 5 dias após a fecundação do óvulo, o desenvolvimento embrionário chega ao estágio de blastocisto e sua próxima etapa é a nidação.

Nem todos os óvulos fertilizados conseguem chegar ao momento da implantação. A evolução celular pode ser interrompida, em razão de falhas nas divisões. Isso pode acontecer tanto na fecundação natural quanto nos tratamentos de reprodução assistida.

Além de falhas nas divisões celulares, há ainda outros problemas que podem prejudicar a nidação e interromper os processos iniciais da gestação. Um dos principais obstáculos da implantação embrionária é receptividade endometrial inadequada.

O endométrio é a mucosa que reveste a parede interna do útero e é responsável por receber o embrião e viabilizar a gravidez. Para isso, essa parte uterina precisa atingir a espessura certa. No entanto, distúrbios hormonais, como a baixa quantidade de progesterona, podem prejudicar o preparo endometrial.

Doenças que atingem o útero também interferem na nidação e podem causar abortamentos — é o caso dos leiomiomas, dos pólipos endometriais, das sinequias uterinas e até de malformações no órgão.

A nidação pode apresentar sintomas?

A nidação acaba passando despercebida para a maioria das mulheres, uma vez que seus sintomas nem sempre são evidentes. Outras ainda podem confundir os sinais da implantação embrionária com o início da menstruação — principalmente porque o período aproximado da nidação tende a ocorrer poucos dias antes da data prevista para o sangramento menstrual.

Os sintomas da nidação, portanto, guardam leve semelhança com manifestações comuns do período pré-menstrual, como cólicas e princípio de sangramento, que também pode ser representado apenas por um corrimento de cor escura.

Para as mulheres que observaram a data aproximada de seu período fértil e que conseguem identificar os sintomas da nidação, a desconfiança do resultado positivo começa mais cedo. Por outro lado, algumas gestantes apenas realizam o teste de confirmação quando apresentam sintomas intensos de gravidez, como ausência de menstruação, náuseas, tonturas e excesso de sono.

Para elencar de forma mais clara, os possíveis sintomas da no momento nidação são:

  • sangramento fraco ou corrimento de cor rosada ou marrom, que pode aparecer em episódio único ou durar até três dias;
  • cólicas de intensidade moderada;
  • pontadas no baixo ventre;
  • tonturas leves;
  • temperatura corporal elevada.

Depois da fixação do embrião, as demais estruturas começam a se formar para garantir a transferência de nutrientes para o futuro bebê, como saco amniótico, cordão umbilical e placenta — esta última passa a ser responsável pela produção de estrogênio e progesterona, hormônios necessários para a manutenção do endométrio.

Existe diferença entre nidação na gestação natural e na reprodução assistida?

O momento da nidação ocorre de forma semelhante na gravidez natural e na concepção por reprodução assistida. A diferença está nas etapas anteriores, isto é, nas formas como a fecundação acontece.

Na gravidez espontânea, o espermatozoide tem acesso ao interior do sistema reprodutor feminino a partir da relação sexual e o óvulo é fertilizado nas tubas uterinas. Depois disso, o zigoto segue em direção ao útero, como detalhamos no início do texto.

Nos tratamentos de reprodução assistida, há três formas de a fecundação ocorrer:

  • por via sexual, com o coito programado (ou RSP);
  • por introdução do espermatozoide na cavidade uterina, com a inseminação artificial (IA);
  • por fertilização em laboratório, com a FIV.

Para o prosseguimento da gravidez, independentemente de qual técnica seja realizada para a fecundação do óvulo, o embrião precisa encontrar boas condições uterinas para conseguir a nidação. Nesse sentido, alguns recursos da reprodução assistida podem ajudar, como o teste de receptividade endometrial (ERA) e o teste genético pré-implantacional (PGT).

Para saber mais sobre cada técnica mencionada, acesse os links destacados. Para divulgar as informações que você leu neste post, faça o compartilhamento em suas redes sociais e leve conhecimento relevante para outras pessoas.

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Comentários:

  1. Tive em julho um aborto espontâneo fiz curretagem e daí pra cá não mestruei mais , mas semana passada durante a relacao sexual sangrei e tive um leve sangramento que nem prescizou de absorvente que durou 3 dias e desapareceu por completo dai pra k comecei a ter leves dores nos seios dor de cabeça será que estou grávida?

    Camila Souza em 15/01/2022 às 18:18
  2. Olá Camila, tudo bem?

    Aconselho você procurar um médico para verificar o que está acontecendo.
    Abraços!

    Dr. João Dias em 21/01/2022 às 10:52
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