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Pólipos endometriais e câncer: há relação?

Há diversas doenças que podem acometer a cavidade do útero, um dos principais órgãos do sistema reprodutor feminino, como os miomas uterinos submucosos, as sinéquias ( cicatrizes) uterinas e os pólipos endometriais, que afetam mulheres, principalmente, após os 35 anos de idade.

Esses pólipos surgem no interior do útero, podem causar desconfortos e, devido a suas características, induzem a uma desconfiança de que possam ser câncer ou de que exista a possibilidade de evolução para tal doença.

Este artigo reúne informações sobre o conceito de pólipos endometriais, suas relações com o câncer e como a condição é diagnosticada. Se você apresenta sinais da doença, como cólicas intensas e sangramentos, ou está em processo de preparação para a fiv (fertilização in vitro), acompanhe os próximos tópicos e saiba mais sobre o assunto.

O que são pólipos endometriais?

Pólipos endometriais são estruturas fixas que se desenvolvem na cavidade uterina e que, dependendo de seu tamanho, podem distorcer minimamente ou preencher o órgão como um todo.

Devido a oscilações hormonais ou inflamações no endométrio (revestimento interno uterino), formam-se tecidos constituídos por células glandulares e vasos sanguíneos.

Geralmente, pólipos endometriais são assintomáticos, isto é, não emitem sinais de sua existência. No entanto, algumas mulheres sentem cólicas intensas, notam um aumento da intensidade da menstruação ou sangramentos vaginais irregulares.

Qual a relação entre pólipos endometriais e o câncer?

Câncer é o nome de um conjunto de doenças caracterizadas pelo surgimento de tumores malignos, agressivos, que possuem a capacidade de crescer e infiltrar outros órgãos, fenômeno conhecido como metástase. Geralmente, essas estruturas aparecem por conta de uma alteração genética.

Os pólipos endometriais, como explicado, também são caracterizados pela formação de células e, portanto, possuem semelhanças com tumores, o que não quer dizer, necessariamente, que se trate de um câncer.

No entanto, existem, sim, chances de evolução para este grupo de doenças, situação muito rara, que é relatada em estudos científicos com a frequência de 0,1 a 1%.

Em mulheres com pólipos endometriais assintomáticos, a prevalência de malignidade é, ainda, dez vezes menor.

No entanto, fatores como idade, status de menopausa, pressão alta, histórico familiar, obesidade, processos de reposição hormonal e tamanhos dos pólipos podem influenciar em um risco maior de malignidade.

Qual a importância de um diagnóstico precoce para tratamento de pólipos endometriais?

Ao serem observados os sintomas, a mulher deve consultar um ginecologista, que avaliará o quadro e designará a melhor estratégia para tratamento, o que varia de acordo com a idade da paciente, objetivos e teor de malignidade dos pólipos endometriais.

Primeiro, é importante avaliar a cavidade uterina da mulher, por meio de um exame ultrassonográfico, para que, além do endométrio, as tubas uterinas, ovários e a região pélvica seja observada.

A histeroscopia diagnóstica é outro exame de imagem que poderá ser solicitado, por meio do qual é possível, com auxílio de uma pequena ótica acoplada a uma câmera, visualizar a cavidade interna do útero e averiguar a existência de pólipos endometriais.

Se o problema for constatado, o especialista poderá indicar a polipectomia, especialmente para pacientes com desconfortos constantes. No procedimento é realizada a retirada dos pólipos endometriais por meio de uma histeroscopia cirúrgica.

A intervenção pode ser realizada até mesmo no consultório de uma clínica com auxílio de um histeroscópio, um tubo, por meio do qual são inseridos equipamentos cirúrgicos que permitem remover os pólipos endometriais e, assim, aliviar desconfortos. Geralmente, é um procedimento simples que não exige anestesia geral.

A resposta para a pergunta que intitula este artigo é: sim, existe relação entre pólipos endometriais e o conjunto de doenças conhecido como câncer.

No entanto, como mostram as pesquisas científicas, as chances de malignização do tecido é mínima, de menos que 0,5% e mais comum em mulheres no período pós-menopausa e quando há fatores de risco como obesidade, histórico familiar e sangramentos uterinos associados.

Nessa hipótese, é preciso consultar um ginecologista para a devida investigação e tratamento do problema, de maneira a evitar que evolua para um quadro e desconfortos mais sérios.

A presença de pólipos, naturalmente, pode prejudicar a saúde do endométrio e afetar a receptividade do embrião no início da gravidez, inclusive em métodos de reprodução assistida. Entenda mais sobre essa relação em nossa página sobre fiv (fertilização in vitro).

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