A fertilidade é um aspecto importante na vida dos casais, principalmente para aqueles com desejo de ter filhos.
Por muito tempo acreditou-se que apenas a mulher poderia ser infértil, mas hoje sabe-se que o fator masculino é responsável por aproximadamente 35% dos casos de infertilidade.
A varicocele é uma doença com alta prevalência em homens após a puberdade e uma das principais causas de infertilidade masculina, embora nem sempre necessite de tratamento.
Continue a leitura e entenda a relação entre varicocele e infertilidade masculina!
A varicocele é uma doença que se caracteriza pela dilatação das veias da região escrotal, especificamente do plexo pampiniforme. Sua origem está relacionada a múltiplos fatores, como incompetência das válvulas nas veias espermáticas internas e alteração na drenagem venosa. O processo da doença é parecido com o que ocorre nas varizes.
Essa insuficiência prejudica a circulação do sangue, provocando uma estase venosa na região escrotal, o que eleva a temperatura local, gerando maior metabolismo celular, com maior produção de substâncias tóxicas, como espécies reativas do oxigênio.
Essa condição prejudica a produção e o armazenamento dos espermatozoides, acarretando redução da concentração espermática, da motilidade e da morfologia.
A varicocele usualmente não apresenta sintomas. Em alguns casos, pode apresentar desconforto local, percepção do aumento do volume testicular e mais raramente dor.
De modo geral, é diagnosticada durante investigação de fator masculino de infertilidade, mediante exame físico detalhado e ultrassonografia testicular com doppler.
Quando indicado, o tratamento é cirúrgico, chamado varicocelectomia. Nesses casos, é imperativo o paciente ser avaliado por urologista especialista em reprodução humana para determinar o melhor tratamento.
Após o tratamento, o paciente deve ser avaliado com análise seminal. Mesmo que a correção cirúrgica da varicocele não proporcione gravidez natural, ela pode aumentar as taxas de sucesso de reprodução assistida.
Esperamos que, com a melhora na qualidade seminal, se desenvolvam embriões de melhor qualidade, o que aumenta a taxa de implantação e reduz as taxas de abortamento.
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