Dr João Dias | WhatsApp
Agende sua consulta

DIP: conheça os sintomas

A DIP (doença inflamatória pélvica) é uma infecção que pode atingir o útero, as tubas uterinas e os ovários e que, portanto, pode afetar a fertilidade feminina.

Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como a clamídia e a gonorreia, se não tratadas, podem ser possíveis causas da doença. Além de relações sexuais desprotegidas, no entanto, a DIP pode se desenvolver como complicação após um aborto ou procedimento ginecológico, como a curetagem ou a inserção de um DIU (dispositivo intrauterino).

A doença, no entanto, pode ser tratada, o que deve acontecer, de modo ideal, em fase inicial. Por isso, é importante reconhecer seus sintomas e buscar um diagnóstico.

Este texto cita os sintomas que podem ser associados à DIP. Leia o texto até o final e entenda quais são os principais sinais da doença, sua relação com a infertilidade e soluções que podem ajudar mulheres que planejam engravidar.

Quais são os sintomas da DIP?

O sintoma mais comum da DIP é a dor, que pode se manifestar na parte inferior do abdômen, como cólicas, em menstruações dolorosas, na relação sexual, ao urinar e ao se movimentar.

Se a infecção se espalhar, outros sintomas podem surgir. Um primeiro sinal é dor mais intensa, que pode vir acompanhada de febre, náuseas e vômitos.

Além disso, a mulher pode sentir fadiga, calafrios e ter corrimentos, às vezes, de cor verde amarelada, forte odor vaginal e sangramento fora do período menstrual.

A dificuldade para conceber naturalmente também é um indicativo. Segundo estudos, 20% das mulheres com a doença desenvolvem infertilidade.

Geralmente, os sintomas da DIP se manifestam no início e no fim do período menstrual. Isso provavelmente acontece devido aos baixos níveis de progesterona. Se a mulher tem ciclos anovulatórios (quando não há menstruação) frequentes, aliás, o hormônio está constantemente em níveis baixos e, portanto, é mais fácil desenvolver a doença.

No entanto, a DIP também pode ser assintomática ou emitir sinais brandos, que podem variar de acordo com a bactéria que causou a infecção. Ainda assim, o processo inflamatório pode ser ofensivo a órgãos reprodutores.

Os sintomas ajudam a diferenciar condições?

A DIP manifesta sintomas comuns a outras doenças do sistema reprodutor feminino e, por isso, seu diagnóstico pode ser difícil, especialmente se os sinais forem leves ou inexistentes.

Pacientes portadoras de clamídia ou gonorreia não tratadas, de endometriose e de endometrite (inflamação no endométrio), por exemplo, podem apresentar os mesmos sintomas da DIP. Aliás, cólicas menstruais também são comuns a muitas mulheres.

Por isso, é necessário consultar um ginecologista, que provavelmente vai requisitar exames de imagem para confirmar o diagnóstico.

Por que a DIP pode causar infertilidade?

O processo inflamatório causado pela DIP pode se instalar no útero, nas tubas uterinas e nos ovários da mulher, órgãos essenciais à sua capacidade reprodutiva. O sistema reprodutor é sensível e, portanto, essas bactérias, se não tratadas, podem causar danos e dificultar a gestação natural.

As bactérias podem reduzir a permeabilidade das tubas uterinas e impedir a fecundação ou o caminho do embrião até o endométrio, no qual ele se fixa e dá início à gestação. Essa reação, aliás, aumenta o risco de gravidez ectópica, quando se desenvolve nas tubas uterinas e oferece risco à mulher. A infecção aumenta, ainda, o risco de parto prematuro, de aborto espontâneo e de câncer.

Portanto, existe, sim, uma relação entre a DIP e quadros de infertilidade. No entanto, o problema pode ser tratado, geralmente por meio de antibióticos via oral ou injeção, que tem como objetivo eliminar as bactérias.

Se o resultado do tratamento medicamentoso não for favorável, pode-se recorrer à intervenção cirúrgica, cujo intuito é retirar abscessos e tratar diretamente as tubas uterinas.

Em casos avançados, a retirada das tubas uterinas é uma possibilidade, o que naturalmente leva à infertilidade. Por isso, é importante diagnosticar o problema precocemente, o que aumenta as chances de preservação da fertilidade.

A reprodução assistida é, ainda, uma solução, caso o potencial reprodutivo tenha sido afetado, mesmo em casos avançados que envolvam a obstrução de tubas uterinas.

Em casos como esse, a FIV (fertilização in vitro) pode viabilizar a gestação, com a fecundação em laboratório, seja com os óvulos da própria paciente, seja por meio da ovodoação.

A DIP é um processo infeccioso, causado pela presença de bactérias em órgãos reprodutores, o que pode prejudicar a qualidade de vida e os sonhos de gestação. O principal sintoma da doença são dores, que podem se manifestar na parte inferior do abdômen, em cólicas, na relação sexual, ao urinar ou ao se movimentar.

Em caso de avanço da doença, febre, náuseas, vômitos, fadiga, calafrios, corrimentos ou sangramentos fora do período menstrual também podem ser sinais, além de dificuldade para engravidar naturalmente.

No entanto, esses são sinais comuns a outras doenças do sistema reprodutor feminino e, portanto, consultar um ginecologista é essencial para o diagnóstico, de modo ideal, em fase inicial, o que aumenta as chances de preservação da fertilidade.

Se você quiser saber mais sobre outras condições relacionados à dificuldade de engravidar, leia o texto sobre infertilidade feminina.

Compartilhar:
Reprodução assistida a distância: como é feito o processo?
Deixe o seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *