Dr João Dias | WhatsApp
Agende sua consulta

DIP: diagnóstico

As infecções genitais nas mulheres são muito comuns e podem ser desencadeadas por diferentes fatores. A imunidade baixa, falta de cuidados higiênicos e a relação sexual sem o uso de preservativos são algumas das principais causas.

Uma das infecções vaginais mais frequentes é a candidíase, que é causada pela multiplicação excessiva de fungos e bactérias no organismo e pode gerar corrimento, coceira e ardência ao urinar.

Outros tipos de doenças comuns que passam pela vagina são as infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs. Elas são transmitidas pela relação sexual sem proteção e podem causar muitos transtornos, principalmente quando não são tratadas adequadamente.

Em alguns casos, a ISTs podem levar ao desenvolvimento de outras doenças, como a Doença Inflamatória Pélvica (DIP). A DIP é uma infecção que pode ser resultado do contato com bactérias durante a relação sexual. Na maioria das vezes acontece com mulheres que possuem alguma outra IST, principalmente infecção por clamídia e gonorreia não tratadas.

A seguir, saiba mais sobre a DIP e entenda como o seu diagnóstico pode ser feito para ser tratada de forma adequada.

O que é a DIP?

A DIP é uma inflamação com origem no canal vaginal, que pode progredir e atingir o útero, trompas e ovários, alcançando uma grande área pélvica. Na maioria dos casos, ela acontece após uma infecção que não foi tratada adequadamente. A DIP é causada por microrganismos após a entrada pela vagina.

Essa doença atinge adolescentes e mulheres em idade reprodutiva, principalmente as que não possuem o hábito de usar preservativos durante a relação sexual.

A DIP pode ser classificada de acordo com a sua gravidade:

  • Estágio 1: quando há inflamação do endométrio e das tubas uterinas (ou trompas) e não há infecção do peritônio;
  • Estágio 2: quando há inflamação das tubas e do peritônio;
  • Estágio 3: quando há inflamação das tubas com oclusão tubária ou o comprometimento tubo-ovariano e abscesso íntegro;
  • Estágio 4: quando há abscesso tubo-ovariano ou secreção purulenta da cavidade.

Seus sintomas mais comuns são dor na parte baixa do abdômen, dor durante a relação sexual ou durante a menstruação, febre, corrimento vaginal, sangramento anormal e dor ao urinar. Um dos sintomas possível também é a infertilidade feminina. Quando a inflamação compromete os órgãos reprodutivos, a mulher pode encontrar dificuldades para engravidar.

Como é feito o diagnóstico da DIP?

Após identificar a presença de sintomas, a mulher deve procurar ajuda médica para uma avaliação adequada. Quando ela apresenta dor na parte inferior do abdômen ou tem corrimento vaginal inexplicado e com mau cheiro, principalmente mulheres em idade reprodutiva, a suspeita da DIP fica mais evidente.

Primeiramente é feita uma avaliação clínica, o que inclui um exame pélvico, quando a mulher se deita em posição ginecológica e o médico avalia as condições do canal vaginal e do colo do útero para identificar possíveis alterações. A presença de dor durante o exame pélvico também pode indicar a presença da doença.

Normalmente é coletada uma amostra do colo do útero com um cotonete para determinar se a paciente tem uma infecção por clamídia ou gonorreia. Essas infecções são facilitadoras da DIP, mas ainda que elas não sejam presentes a paciente pode ter a doença inflamatória pélvica.

Em alguns casos, pode ser realizado também um exame de gravidez para descartar a possibilidade de uma gravidez tubária, pois ela causa sintomas semelhantes aos da DIP. Com o auxílio de outros exames, o diagnóstico pode ser feito.

Quando a dor impede um exame físico adequado ou há a necessidade de informações mais completas, um recurso utilizado é a ultrassonografia pélvica. É um exame simples, não invasivo, capaz de detectar abcessos nas tubas uterinas e ovários ou identificar a gravidez tubária.

Qual o tratamento adequado para a DIP?

Normalmente, o tratamento para a DIP é feito com o uso de antibióticos por via oral ou por injeção. É importante manter o repouso e evitar o contato íntimo durante o tratamento para que os tecidos possam cicatrizar e para que não haja reincidência da infecção.

O ideal é que os parceiros sexuais também devem ser avaliados e tratados para evitar a reinfecção.

Dependendo do caso de infertilidade causada pela DIP, o ideal é que a paciente procure auxílio da reprodução assistida. A medicina reprodutiva vem evoluindo muito ao longo dos anos e conta com técnicas de altas taxas de sucesso para obter a gravidez.

São três as técnicas: relação sexual programada (RSP), inseminação intrauterina (IIU) e fertilização in vitro (FIV).

A RSP e a IIU são consideradas de baixa complexidade e a fecundação ocorre naturalmente, nas tubas uterinas. Já a FIV é uma técnica de alta complexidade, com altos índices de resultados positivos e todos os seus procedimentos são realizados em laboratório.

Saiba mais sobre a infertilidade feminina, suas causas, como pode ser diagnosticada e tratada de forma adequada.

Compartilhar:
Reprodução assistida a distância: como é feito o processo?

Comentários:

  1. Boa Tarde eu sou laqueada há 20 anos a minha menstruação atrasou 2 meses este mês só menstruei 2 dias dói-me a barriga e os meus seios estão muito sensíveis e tenho alguns enjoos o que se passa obrigada

    Teresa Cristina Pinto Campos em 02/06/2022 às 09:33
  2. Boa Tarde, Teresa!

    Para saber exatamente o que está acontecendo com você é necessário buscar ajuda médica para realizar alguns exames.

    Abraços

    Dr. João Dias em 02/06/2022 às 14:17
Deixe o seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *