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Epididimite: conheça os sintomas

O sistema reprodutor masculino é formado pelos testículos, epidídimos, próstata, dutos deferentes, vesículas seminais e pênis. Testículos são as glândulas sexuais masculinas: duas estruturas de forma oval localizadas atrás do pênis no interior da bolsa testicular, que mantém a temperatura adequada para a produção de espermatozoides.

O processo de produção é conhecido como espermatogênese e ocorre nos túbulos seminíferos, localizados nos lóbulos de cada testículo. Nele, também estão armazenadas as células de Leydig, responsáveis por secretar testosterona, o principal hormônio masculino.

Situado posteriormente a cada testículo, no interior do saco escrotal, está o epidídimo, ducto responsável pela coleta e armazenamento dos espermatozoides até que eles se tornem maduros para serem transportados pelos ductos deferentes, que representam uma continuação da cauda do epidídimo e, posteriormente ejaculados.

Quando ocorre a inflamação do epidídimo, o processo é conhecido como epididimite e pode resultar em problemas de fertilidade.

Para saber como identificar os sintomas de epididimite, continue a leitura deste texto.

O que é epididimite e como ela afeta a fertilidade?

A inflamação no epidídimo, assim como outras que afetam o sistema reprodutor masculino, é geralmente provocada por bactérias, entre elas agentes sexualmente transmissíveis, incluindo Neisseria gonorrhoeae e a Chlamydia trachomatis.

Por isso, ocorre frequentemente em homens sexualmente ativos que não utilizam preservativos nas relações sexuais. Uma das medidas sugeridas para evitar a incidência é, inclusive, o sexo protegido.

Outros processos inflamatórios também podem espalhar e causar epididimite, como a orquite, a prostatite, a uretrite e a cistite. Se for motivado por uretrite ou cistite pode afetar também os meninos.

Além disso, determinados fatores contribuem para aumentar o risco de epididimite, como:

  • Homens com histórico de infecções sexualmente transmissíveis;
  • Homens com inflamações recorrentes na próstata, uretra ou bexiga;
  • Homens com problemas estruturais no trato urinário;
  • Homens submetidos a procedimentos que afetam o trato urinário, como a inserção de cateter ou de prótese peniana;
  • Homens com problemas congênitos nos rins.

A epididimite pode ser aguda ou crônica. A manifestação de sintomas ocorre na fase aguda: eles alertam para a necessidade de procurar um especialista. Quando não é diagnosticada e tratada precocemente, a inflamação se torna persistente e crônica.

Na fase crônica os riscos para a fertilidade são maiores, ao mesmo tempo que a inflamação pode se espalhar e resultar em uma condição bastante dolorosa chamada epidídimo-orquite, ou levar à formação de abscessos na bolsa escrotal.

Conheça os sintomas de epididimite

Dor em um ou ambos os testículos, inchaço e vermelhidão da região afetada são os principais sintomas de epididimite. Eles podem se manifestar em um ou ambos os testículos e desaparecem rapidamente com o tratamento.

Ao se tornar crônica, por outro lado, a dor é incômoda e aumenta em intensidade com a progressão da infecção. Como a inflamação tende a ser recorrente, o tratamento alivia os sintomas, mas não proporciona a cura.

De acordo com o que a provocou, outros sintomas também podem manifestar. Os principais são:

  • Sensação de peso no testículo afetado;
  • Sensibilidade testicular;
  • Secreção peniana aquosa e leitosa;
  • Vontade frequente e urgente de urinar;
  • Sensação de ardor ao urinar, sangue na urina;
  • Dor ao ejacular;
  • Dor durante a relação sexual;
  • Dor abdominal;
  • Nódulo nos testículos;
  • Febre e calafrios.

Qual o tratamento indicado para epididimite?

Diferentes exames laboratoriais e de imagem são realizados para diagnosticar a epididimite e definir o estágio da inflamação, da mesma forma que são importantes para excluir a possibilidade de outras condições que podem manifestar sintomas semelhantes.

O tratamento para epididimite é posteriormente definido de acordo com o estágio de evolução e com os danos provocados pelo processo inflamatório.

Epididimite aguda: o tratamento para epididimite aguda é bastante simples, realizado pela administração antibióticos, indicados para cada tipo de bactéria. Quando são agentes sexualmente transmissíveis a parceira também deverá ser medicada. O alívio dos sintomas ocorre em cerca de três dias após o início da medicação.

Epididimite crônica: se não for tratada, a epididimite pode provocar a formação de aderências, que inibem o transporte dos espermatozoides e, consequentemente a fecundação. Por outro lado, quando se torna recorrente o processo inflamatório pode comprometer a qualidade dos espermatozoides ou mesmo causar maiores danos ao epidídimo, principalmente se afetar os dois testículos.

Assim, além da administração de antibióticos, se houver a formação de aderências a cirurgia é indicada para removê-las. Também é importante para drenar abscessos que podem resultar do processo inflamatório e para remoção do epidídimo (parcialmente ou na totalidade), nos casos em que os danos são maiores.

Após o tratamento a fertilidade é quase sempre restaurada. Quando isso não acontece ou se a infecção provocar maiores danos e o homem estiver tentando engravidar, é indicado o tratamento por FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide).

Na FIV, os espermatozoides podem ser recuperados diretamente dos epidídimos ou dos testículos. Para isso, são utilizadas diferentes abordagens cirúrgicas minimamente invasivas: PESA e MESA são as técnicas utilizadas para recuperá-los do epidídimo e TESE e Micro-TESE, dos testículos.

Posteriormente, óvulos e espermatozoides são fecundados em laboratório: cada espermatozoide é injetado no citoplasma do óvulo pelo micromanipulador de gametas, um aparelho de alta precisão e, os embriões formados, são transferidos para o útero após alguns dias de desenvolvimento.

Os percentuais de gravidez bem-sucedida por ciclo de tratamento proporcionados pela técnica são bastante expressivos: em torno de 40%.

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