Muitas mulheres sonham em engravidar e ter filhos, mas nem todas conseguem realizar este objetivo facilmente. Para que uma gestação aconteça a mulher precisa ser considerada fértil, e a fertilidade depende de diversos fatores e do funcionamento dos órgãos reprodutores.
Doenças, intervenções cirúrgicas, malformações e até mesmo a idade podem interferir na fertilidade feminina. Quanto mais velha for a mulher, maior dificuldade ela encontra para engravidar de forma natural, até o momento que isso se torna impossível. Isso tem a ver com a reserva ovariana, menopausa e diversas outras causas que podem afetar uma pessoa ao longo de sua vida.
Para entender o que é a infertilidade feminina e quais são suas possíveis causas, continue lendo este conteúdo:
Segundo a OMS, a infertilidade é considerada uma doença caracterizada pela ausência de gravidez após 12 meses de tentativas regulares sem o uso de métodos contraceptivos. Em mulheres com 35 anos ou mais, após 6 meses de tentativas, já devemos considerar a hipótese de infertilidade. Ela pode ser causada por fatores masculinos, femininos ou ambos. Existe, ainda, a infertilidade sem causa aparente (ISCA).
A infertilidade feminina é responsável por cerca de 40% dos casos de infertilidade conjugal, além de estarem dentro dos 20% de casos em que tanto o homem quanto a mulher apresentam problemas que podem dificultar uma gestação.
As principais causas estão relacionadas a doenças e alterações no sistema reprodutor, mas há outro fator que se torna cada dia mais importante e faz mesmo as mulheres mais saudáveis se tornarem inférteis: a idade.
Conhecer as causas da infertilidade é extremamente importante, pois só assim é possível encontrar o tratamento ideal para o problema. Quando se fala sobre infertilidade feminina, as causas mais comuns são:
Sabe-se que após certa idade a mulher apresenta maior dificuldade para engravidar e que uma gestação pode oferecer mais riscos, até o momento em que a gestação natural se torna impossível.
Isso acontece por causa da reserva ovariana, que é o número de óvulos que a mulher tem disponíveis para uma futura ovulação e possível fecundação. O organismo feminino não produz folículos ovarianos ao longo da vida, e a cada ciclo menstrual uma grande quantidade é perdida para que um deles possa amadurecer e liberar um óvulo.
Com o passar dos anos este número vai diminuindo e, além disso, os folículos que ainda estão disponíveis vão envelhecendo junto com a mulher e perdendo sua qualidade e capacidade reprodutiva.
Por volta dos 35 anos a queda da reserva ovariana é ainda maior e, após essa idade, a dificuldade de engravidar também aumenta. Ainda, o fato de os óvulos estarem mais velhos e com menor qualidade pode resultar em um embrião com alterações cromossômicas, abortamentos espontâneos e partos prematuros.
Apesar de diminuir as chances, a baixa reserva ovariana não impede uma gravidez. Porém, por volta dos 50 anos a reserva se esgota e a mulher passa pela menopausa, que é o último ciclo menstrual de sua vida. Sem nenhum óvulo para ser fecundado, não há mais a capacidade de se reproduzir.
Uma solução para mulheres que pretendem engravidar após os 35 anos é a preservação social da fertilidade, que consiste no congelamento de óvulos para utilização futura.
Em uma situação normal, a menopausa acontece por volta dos 50 anos de idade. Porém, algumas mulheres passam por esse período um pouco mais jovens. Quando acontece antes dos 40 anos, considera-se uma menopausa precoce.
Isso pode acontecer por diversos motivos, como alterações hormonais, intervenções cirúrgicas para tratamento de doenças ovarianas, entre outros.
Nestes casos, a mulher que quer engravidar após descobrir a menopausa precoce pode se submeter ao procedimento de fertilização in vitro, utilizando os óvulos de uma doadora anônima.
O ideal seria diagnosticar precocemente o risco de isso acontecer, para podermos oferecer tratamentos efetivos enquanto essas mulheres apresentam baixa reserva ovariana e ainda não entraram na menopausa.
Entre as mais comuns estão as doenças como:
Alterações no útero, nas tubas uterinas, nos ovários e outros órgãos podem ser responsáveis pela infertilidade feminina. Elas podem ser causadas por doenças, cirurgias e outros fatores.
Alguns exemplos de alterações são as tubas uterinas obstruídas, que impedem a chegada do espermatozoide ou o transporte do embrião fecundado ao útero; problemas nos ovários, intensificando a queda da reserva ovariana; entre outros.
Malformações uterinas também podem impedir que o embrião se implante no endométrio ou mesmo fazer com que o feto não consiga se desenvolver lá dentro, causando abortamentos ou partos prematuros.
É muito comum que mulheres se tornem inférteis após o tratamento de câncer, devido aos efeitos da quimioterapia, radioterapia e outros. Para evitar este problema, é recomendada a preservação oncológica da fertilidade.
Cirurgias realizadas no útero ou nos ovários também podem ser a causa da infertilidade feminina. Quando é necessária a retirada cirúrgica do útero, a mulher se torna estéril, ou seja, é impossível engravidar mesmo com o apoio da reprodução assistida — sendo o útero de substituição a única solução.
Outra cirurgia que deixa a mulher infértil, mas neste caso por desejo próprio, é a laqueadura. Em alguns casos é possível reverter a intervenção, mas em outros é necessário buscar a reprodução assistida para engravidar novamente.
Existem outras causas da infertilidade, assim como diversas opções de tratamentos e sintomas que podem ajudar a identificá-la. Para mais informações, leia o conteúdo sobre infertilidade feminina aqui no site.