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Menopausa precoce e infertilidade feminina

Menopausa precoce e infertilidade feminina

Antes de falar sobre menopausa precoce, preciso ter certeza de que você sabe o que é a menopausa e por que ela acontece. Toda mulher já nasce com o número total de óvulos que terá durante a vida. A cada ciclo menstrual esse número diminui, até chegar o momento que não há mais óvulos e a mulher entra na menopausa.

A menopausa é o nome dado à última menstruação da vida de uma mulher. Este é um fenômeno natural que acontece com todas geralmente por volta dos 50 anos. Quando ocorre muito antes desse período (antes dos 40 anos), chamamos de menopausa precoce, que também é conhecida como falência ovariana prematura ou insuficiência ovariana.

Esse é um fator que causa preocupação em mulheres que ainda estão tentando engravidar, já que a menopausa e a infertilidade estão interligadas. Se o fenômeno acontece de forma precoce, significa que a mulher deixará de ser fértil mais cedo.

Quer entender melhor como tudo isso funciona? Então continue a leitura!

O que é menopausa precoce?

A menopausa precoce ou falência ovariana prematura é a antecipação da última menstruação da mulher, que entra precocemente na menopausa e torna-se infértil. A menopausa pode ser considerada precoce quando a última menstruação e os sintomas que a precedem acontecem antes dos 40 anos.

Causas

Existem duas principais causas da menopausa precoce: reserva ovariana reduzida já ao nascimento da mulher ou a influência de alguns fatores durante a vida da mulher.

Os principais fatores são:

  • Distúrbios cromossômicos, como a síndrome de Turner, ou a presença de uma situação conhecida como Síndrome do Cromossomo X frágil. Mulheres com histórico familiar de menopausa precoce têm mais chances de desenvolver a condição;
  • tratamentos como quimioterapia e radioterapia;
  • doenças como endometriose e certas doenças autoimunes, como tiroidites, lúpus, entre outras podem relacionar-se a uma diminuição precoce da reserva ovariana.

Sintomas

Os sintomas da menopausa precoce são semelhantes aos da menopausa e têm início no climatério, período que antecede a última menstruação. São eles:

  • diminuição da libido;
  • secura vaginal;
  • ausência de menstruação;
  • ondas de calor;
  • alterações de humor;
  • depressão;
  • ansiedade;
  • perda de força muscular;
  • perda de memória e outros sintomas são comuns durante o climatério.

É importante ficar atenta, pois em alguns casos a falência ovariana precoce não apresenta sintomas.

Como é realizado o diagnóstico?

No geral, suspeita-se de menopausa precoce quando a mulher apresenta sintomas da menopausa antes da idade normal.

A irregularidade menstrual pode ser um indício da menopausa precoce. Se seus ciclos eram regulares e se tornam irregulares repentinamente, é importante procurar um médico.

O ginecologista solicitará alguns exames de sangue para analisar os níveis de alguns hormônios, como FSH, prolactina e estradiol. Um teste de gravidez também pode ser solicitado se o profissional julgar necessário.

Atualmente um exame chamado hormônio antimülleriano é considerado de extrema importância para avaliar a perda precoce da reserva ovariana.

Nos casos em que a insuficiência ovariana acontece sem nenhum sintoma, é comum que ela seja descoberta quando a mulher tenta engravidar, mas não obtém sucesso e o médico solicita exames para investigar a causa da infertilidade.

Como é feito o tratamento?

O tratamento deve ser físico e psicológico. Para essas mulheres que ainda desejam ter filhos e não congelaram seus óvulos, é indicada a fertilização in vitro (FIV) com a utilização de óvulos doados.

Já a terapia de reposição hormonal é fundamental para evitar a osteoporose, doença comum na menopausa, e reduzir outros sintomas em busca da melhora da qualidade de vida.

Se você tem história familiar de menopausa precoce, suas chances são maiores de desenvolvê-la. Dessa forma, procure um especialista e discuta a opção de realizar o congelamento dos óvulos o quanto antes, assim será possível realizar um procedimento de fertilização com seus próprios óvulos quando decidir engravidar. Dessa forma, mesmo com a insuficiência ovariana precoce, é possível ter filhos com seus próprios óvulos.

O que indico para qualquer mulher que tenha uma suspeita, ainda que mínima, é que procure um profissional o quanto antes. O acompanhamento médico é fundamental para diagnosticar e passar por esse período da maneira mais tranquila e confortável possível. Se você pretende engravidar, esse acompanhamento é fundamental!

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