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O que é coito programado?

Graças às técnicas de reprodução assistida, a infertilidade deixou de ser um peso tão intenso para os casais que desejam ter filhos. A FIV (fertilização in vitro), a inseminação artificial e o coito programado são os métodos utilizados para tratar os diversos fatores que dificultam a gravidez.

Na FIV, a fecundação ocorre em um laboratório, após a coleta dos gametas. Ela é a única técnica de alta complexidade, sendo indicada para os casos mais graves de infertilidade. A inseminação artificial consiste na coleta dos gametas masculinos, que, após uma análise seminal, são colocados diretamente no útero para fecundarem naturalmente os óvulos nas tubas uterinas.

Já o coito programado ou relação sexual programada se destaca por ser a técnica mais simples, mas com boas taxas de sucesso se a indicação for adequada. Quando indicado corretamente, o coito programado oferece bons resultados.

Neste artigo, separamos as informações mais importantes sobre o coito programado. Confira!

O que é coito programado?

O coito programado — também chamado de relação sexual programada — é uma técnica de reprodução assistida de baixa complexidade. Ou seja, os seus processos não envolvem a manipulação (ou micromanipulação) de gametas em laboratório.

O seu objetivo é aumentar a probabilidade de uma gravidez natural depois de um ciclo de estimulação ovariana e intensificação das relações sexuais do casal durante o período fértil, quando existe uma chance maior de engravidar. Essa janela de tempo dura cerca de 5 dias.

A ovulação é o grande evento do período fértil, fenômeno marcado pela liberação do óvulo, que se encaminha em direção às tubas uterinas para a fecundação. Para mulheres com o ciclo menstrual de 28 dias e regular, a ovulação ocorre no 14º dia.

Todo o ciclo da relação sexual programada leva cerca de 15 dias para ser completado e após 2 semanas do fim do tratamento, a paciente pode fazer um teste para confirmar a gravidez.

Como ele é realizado?

O coito programado pode ser feito com ou sem o processo de estimulação ovariana e indução da ovulação, mas é mais comum ser realizado com a estimulação ovariana. Para as pacientes sem problemas ovulatórios, o método consiste em descobrir o seu período fértil – isso é mais uma orientação do que uma técnica de reprodução assistida. Nesse caso, não há nenhum tipo de intervenção médica no processo de concepção.

Dependendo do caso, no entanto, apenas o cálculo do período fértil e manter relações sexuais nessas datas não é suficiente.

Nesses casos – e se a técnica tiver indicação –, o coito programado precisa de todo o processo de estimulação ovariana, primeira etapa de todas as técnicas de reprodução assistida, porém a estimulação ovariana não é feita da mesma forma nas três técnicas.

No coito programado, o seu propósito é desenvolver entre um e três folículos, no máximo, e, consequentemente, de 1 a 3 óvulos. Na fertilização in vitro, por exemplo, quanto mais óvulos, melhor. Mulheres com distúrbios ovulatórios podem não liberar o óvulo durante o ciclo menstrual, por isso é importante a estimulação ovariana.

Durante a primeira semana, a paciente recebe medicamentos hormonais (orais ou injetáveis) para estimular os ovários a recrutarem os folículos ovarianos, que crescem ao longo do ciclo menstrual.

Ao longo da estimulação ovariana, a paciente faz diversas ultrassonografias para acompanhar o crescimento dos folículos. A medicação utilizada durante esse período é definida especialmente para a paciente e, caso seja necessário, ela pode ser adaptada ao longo do tratamento para que o resultado seja o mais próximo do ideal possível.

Quando os folículos ovarianos atingem 18 mm, eles estão amadurecidos e prontos para serem liberados. A paciente recebe uma dose do hormônio hCG, responsável por finalizar o amadurecimento dos folículos e induzir a ovulação. Cerca de 35 horas após a administração do hormônio, a ovulação acontece.

Durante esse período, o casal deve intensificar as relações sexuais para aumentar as chances de uma gravidez.

Quando a relação sexual programada é indicada?

Para indicar a técnica de reprodução assistida mais adequada para o casal, a fertilidade precisa ser investigada. No caso do coito programado, o homem não pode apresentar alterações no sêmen (de acordo com o resultado do espermograma) e as tubas uterinas da mulher devem estar em boas condições.

Além disso, o casal deve ser jovem e, preferencialmente, a paciente deve ter até 35 anos. A partir dessa idade, a fertilidade da mulher começa a diminuir mais intensamente ano após ano.

Com relação às causas de infertilidade feminina, a relação sexual programada é indicada para pacientes com distúrbios ovulatórios. A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma das principais doenças que interferem na ovulação, mas ela precisa ser avaliada porque, dependendo do caso, apenas a FIV pode superar os distúrbios provocados pela SOP.

Qual é a taxa de sucesso do coito programado?

O coito programado possui uma taxa de sucesso, em média, de 20% em cada ciclo, percentual semelhante a uma gravidez natural. Porém, vale ressaltar: a idade da mulher é um fator relevante para o sucesso da técnica. A partir dos 35 anos, a fertilidade feminina começa a diminuir mais intensamente.

Em caso de uma tentativa malsucedida, o casal pode tentar novamente. No entanto, após o sexto ciclo sem sucesso, a FIV é o tratamento mais indicado.

Para mais detalhes sobre essa técnica de reprodução assistida, confira o nosso conteúdo sobre a relação sexual programada!

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