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O que é útero bicorno? Ele pode causar infertilidade?

Os órgãos do sistema reprodutor feminino têm funções diversas, que, em conjunto, são essenciais para a fertilidade feminina e o sucesso da gravidez. O útero, por exemplo, é o local no qual o embrião fica durante toda a gestação para se desenvolver. Malformações uterinas, como o útero bicorno, podem ter impacto direto no desenvolvimento da gravidez.

Essas malformações constituem um desafio para médicos que tratam mulheres em idade reprodutiva devido à dificuldade de seu diagnóstico. Estima-se entre 0,004% e 3,8% a incidência de tais malformações, embora seja difícil obter um número preciso, pois muitos casos não são diagnosticados.

Muitos casos são identificados apenas após queixas relacionadas aos sintomas ou por causarem infertilidade ou complicações obstétricas.

As malformações uterinas podem ser fruto de alterações morfológicas resultado de doenças e podem levar à infertilidade se não forem tratadas. O útero bicorno é uma malformação frequente e causa a redução do tamanho da cavidade uterina, o que pode levar a abortos espontâneos.

Quer saber mais sobre essa malformação uterina? Leia o texto!

O que são malformações uterinas?

Malformações uterinas são alterações que ocorrem durante a vida intrauterina e podem ter como resultado a diminuição das chances de ocorrência de uma gravidez.

Essas anomalias estruturais do trato reprodutivo feminino podem ser causadas por motivos diversos, e seus aspectos anatômicos e clínicos variam de paciente para paciente.

Por serem muitas vezes assintomáticas, elas constituem um verdadeiro desafio para os ginecologistas. Um exemplo de malformação uterina é o útero bicorno.

O que é útero bicorno? Como e quando ele se forma?

Útero bicorno é uma malformação uterina que pode causar infertilidade, mas em determinados casos a mulher pode engravidar. Por isso e por ser uma condição que não causa sintomas, ela pode passar despercebida durante toda a vida da mulher.

O útero é um órgão em formato de pera que possui apenas uma cavidade interna. No caso de mulheres que sofrem de útero bicorno, tem-se uma morfologia anormal desse órgão, que passa a ser dividido em duas partes.

Essa malformação ocorre ainda durante a gestação, o que significa dizer que mulheres que sofrem com útero bicorno nascem já com essa condição. Assim, é considerada uma condição congênita.

Entre os distúrbios na formação uterina, essa é a alteração anatômica considerada mais comum. Por ser uma anomalia congênita, ou seja, algo que ocorre desde o nascimento, não é possível interrompê-la ou preveni-la.

Exames para diagnóstico

Algumas mulheres podem ter reclamações relacionadas com fortes cólicas menstruais ou sangramento intenso. O mais comum, entretanto, é que essa condição seja assintomática.

Uma das formas de identificá-la é por meio da histerossalpingografia, exame no qual é injetado um corante no útero de forma a fazer com que o contraste permita que sejam tirados raios-X que determinem tanto o tamanho quanto a forma do útero.

A ultrassonografia especializada também pode ser realizada como forma de confirmar o diagnóstico de útero bicorno.

A ressonância magnética é outro exame que pode ser utilizado para o diagnóstico dessa condição, uma vez que permite analisar as estruturas internas dos órgãos.

É comum que essa situação seja identificada com maior frequência quando a mulher está tentando engravidar, caso sofra de abortos de repetição.

Relação com a infertilidade e a reprodução assistida

As malformações uterinas podem ser um agravante à fertilidade feminina. Uma das complicações que pode ser causada pelo útero bicorno está relacionada ao fato de a membrana que divide o órgão fazer com que apenas uma tuba uterina fique disponível para que a fecundação ocorra.

A depender do tamanho do útero dividido, pode-se também ter complicações relacionadas à implantação do embrião na parede uterina ou o comprometimento da capacidade de distensão do órgão durante o desenvolvimento da gestação.

Caso a paciente manifeste o desejo de engravidar, o médico realiza exames a fim de verificar a necessidade de cirurgia a fim de modificar a anatomia do órgão.

Se os baixos índices de fertilidade forem relacionados à utilização de apenas uma tuba uterina, pode-se realizar tratamentos de reprodução assistida a fim de solucionar esse problema.

A etapa de estimulação ovariana, comum a todas as técnicas de reprodução assistida, é responsável por estimular os ovários a amadurecerem mais de um folículo contendo um óvulo durante o mesmo ciclo menstrual, com a consequente liberação de mais de um óvulo, apresentando-se como uma solução para os baixos índices de fertilidade.

A decisão de qual técnica de reprodução assistida deve ser indicada para essas pacientes, como a FIV (fertilização in vitro), depende das condições das tubas uterinas e do útero.

O útero bicorno é uma condição que pode passar despercebida durante toda a vida da mulher. Ele pode, no entanto, em alguns casos, levar à infertilidade.

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