Os pólipos endometriais são caracterizados pelo crescimento excessivo de células da parede interna do útero, o endométrio. São, portanto, como extensões do próprio endométrio. Podem ser assintomáticos, mas podem causar sangramento uterino e infertilidade, e habitualmente o problema é diagnosticado com um exame de ultrassonografia.
Em sua maioria, os pólipos são benignos, porém pode ocorrer a malignidade raríssimos casos — por isso a importância de diagnosticar precocemente a doença.
Os pólipos endometriais são causados pelo crescimento excessivo e desordenado das células do endométrio, o que é influenciado por alterações hormonais. Assim, mulheres com distúrbios hormonais são mais propensas a desenvolver este problema.
São encontrados com mais frequência em mulheres que já passaram pela menopausa, mas também há a possibilidade de atingir mulheres mais jovens, podendo causar uma dificuldade para engravidar.
Saiba a seguir como os pólipos endometriais podem interferir na fertilidade feminina e como a reprodução assistida pode auxiliar neste problema.
Os pólipos causam sangramento anormal durante a menstruação e podem causar outros sintomas, como:
A infertilidade pode ocorrer devido à obstrução das tubas pelos pólipos, dificultando a migração dos espermatozoides. Pode haver, ainda, uma inflamação local que promove a alteração hormonal prejudicial e com interferência na fertilidade. Por fim, os pólipos podem crescer e ocupar parte do útero, dificultando a implantação do embrião.
O tratamento dos pólipos endometriais pode ocorrer por meio de cirurgia através da histeroscopia cirúrgica para a retirada. Atualmente não é mais indicado o seu tratamento por curetagem uterina, pois nesse procedimento sabemos que podemos causar lesões à parede do útero, além de ser mais frequente a recorrência do pólipo, pois ele não foi totalmente retirado durante a cirurgia.
Normalmente, a cirurgia é indicada para mulheres que apresentam os sintomas de pólipos, pois é o tratamento mais eficaz nesses casos.
Mulheres que desejam engravidar também devem ser submetidas ao tratamento cirúrgico, a fim de retirar totalmente os pólipos endometriais. É comum que esses casos sejam tratados antes da gravidez, para que não ocorram falhas de implantação ou a dificuldade de desenvolvimento do feto durante a gestação.
Atualmente, a reprodução assistida auxilia inúmeros casais com problemas de infertilidade, tanto por causas masculinas como por causas femininas.
Existem três técnicas de reprodução assistida: relação sexual programada (RSP) (também conhecida como coito programado), inseminação intrauterina (IIU) (também conhecida como inseminação artificial), ambas de baixa complexidade, e a fertilização in vitro (FIV), de alta complexidade.
A RSP e a IIU são métodos considerados de menor complexidade porque são realizados de forma mais natural, com a fecundação ocorrendo dentro do corpo da mulher. São indicadas em casos mais simples de infertilidade.
Já a FIV é uma técnica mais complexa e com as mais altas taxas de sucesso. Nela, a fecundação dos óvulos com os espermatozoides ocorre fora do útero, em laboratório.
Após a fertilização, ocorre a transferência do embrião ao útero para que ocorra sua implantação no endométrio.
É indicada em casos mais graves de infertilidade ou ainda para casais que já passaram por resultados negativos em outras técnicas. A FIV é uma técnica que possui procedimentos complementares a fim de reduzir as chances de erro e aumentar a possibilidade de implantação.
Para qualquer indicação, investigamos o casal em busca das causas de infertilidade, para que seja possível identificar hábitos de vida ou doenças que possam interferir em sua vida fértil. O tratamento dessas doenças deve ser feito para aumentar a qualidade de vida e melhorar a fertilidade.
Miomas e pólipos, assim como as endometrites, são exemplos de doenças que devem ser tratadas adequadamente antes de iniciar o tratamento por reprodução assistida. Elas podem causar obstruções e impedir que ocorra a implantação do embrião ou influenciar no desenvolvimento do feto.
Assim, é possível optar pela fertilização in vitro e suas técnicas complementares para iniciar o tratamento de infertilidade e alcançar a gravidez.
Cada técnica tem suas próprias etapas, embora algumas delas sejam comuns a todas as técnicas.
A RSP conta com:
A IIU é feita nas seguintes etapas:
A FIV tem as seguintes etapas:
Como é possível observar, a estimulação ovariana com a indução da ovulação é uma etapa comum a todas as técnicas, mas ainda assim ela é feita com menos intensidade nas técnicas de baixa complexidade e com mais intensidade na FIV.
Além das técnicas de reprodução assistida, existem as técnicas complementares que auxiliam especificamente a FIV na reprodução assistida. Algumas delas são:
A reprodução assistida tem o objetivo de auxiliar casais com problemas de infertilidade e existem muitas possibilidades. Avaliamos cada caso individualmente para fazer a melhor indicação de tratamento.
Saiba ainda mais detalhes sobre a fertilização in vitro (FIV), como é feita e suas técnicas complementares.