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Quais são os sintomas da clamídia?

A ocorrência de infecções sexualmente transmissíveis (IST) apresenta números alarmantes no mundo todo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é de que, a cada ano, 357 milhões de pessoas sejam infectadas.

Entre as principais doenças transmitidas por contato sexual desprotegido estão: HIV, HPV, sífilis, clamídia, gonorreia e tricomoníase.

Neste post, darei atenção à clamídia — uma das ISTs com maior prevalência e que, se não tratada, pode levar à infertilidade. Acompanhe o texto para saber sobre as principais características, sintomas e consequências dessa doença.

Entenda quais são os exames solicitados para o diagnóstico e como é realizado o tratamento da clamídia. Continue a leitura!

O que é clamídia e quais os sintomas da doença?

A clamídia é uma doença causada pela bactéria Chlamydia trachomatis e pode desencadear uma série de efeitos nocivos à saúde do sistema reprodutivo, tanto para o homem quanto para a mulher, inclusive levar à infertilidade.

Em boa parte dos casos, a clamídia apresenta sintomas leves, que podem passar despercebidos ou ser confundidos com outras condições. A infecção pode, inclusive, ser assintomática, o que dificulta a busca por diagnóstico. Diante da falta de tratamento, o quadro pode se tornar crônico e desencadear problemas mais sérios.

Nos casos sintomáticos, podem ocorrer as seguintes manifestações:

  • dor abdominal;
  • dor durante o ato sexual;
  • micção com maior frequência;
  • dor ou queimação ao urinar;
  • corrimento com secreção esbranquiçada ou amarelada.

Quais as consequências dessa infecção?

A doença é transmitida, sobretudo, via contato sexual sem o uso de preservativos. Também há casos em que é transmitida da mãe para o filho, durante o nascimento por parto normal, trazendo riscos à saúde do recém-nascido. Estudos mostram que até 50% das crianças infectadas desenvolvem conjuntivite, enquanto 20% podem apresentar pneumonia.

A gestante e o neonato ainda podem sofrer várias outras consequências da infecção por clamídia, como:

  • gravidez ectópica (fora do útero);
  • maior risco de aborto;
  • parto prematuro;
  • baixo peso no nascimento;
  • óbito neonatal;
  • endometrite pós-parto.

As complicações mais graves para a mulher não gestante são a salpingite aguda — inflamação das tubas uterinas ou trompas de Falópio — e a doença inflamatória pélvica (DIP). Outros problemas para o aparelho reprodutivo feminino são infecção no colo do útero (cervicite) e no endométrio (endometrite).

O sistema reprodutor masculino também é afetado pela bactéria da clamídia. No homem, pode ocorrer estreitamento da uretra, uretrite não gonocócica, infecção nos epidídimos (epididimite), nos testículos (orquite) ou na próstata (prostatite). Qualquer um desses problemas pode obstruir a passagem dos espermatozoides e levar à infertilidade masculina.

Como é realizado o diagnóstico?

A escassez de sintomas dificulta o diagnóstico da clamídia. Por essa razão, as pessoas costumam procurar acompanhamento médico somente diante de manifestações evidentes, ou seja, quando ocorre alguma complicação.

No caso das mulheres, aproximadamente 70% das portadoras de clamídia não apresentam sintomas da doença. Quando há indícios, a manifestação é leve e imprecisa.

O exame ginecológico pode ajudar na confirmação da hipótese diagnóstica, sobretudo se houver a presença de corrimento cervical mucopurulento ou se o colo do útero estiver frágil e com fácil sangramento ao toque. Ainda assim, é preciso uma avaliação específica.

Para confirmar a infecção pela bactéria Chlamydia trachomatis, são solicitadas análises de amostra da urina, da secreção da uretra ou do material endocervical. Alguns médicos também podem pedir exames sorológicos para verificar a presença de anticorpos no sangue.

Costumo utilizar a pesquisa endocervical para estabelecer o diagnóstico: a coleta é idêntica à coleta de um exame de papanicolaou.

Como é o tratamento para clamídia?

Apesar dos riscos da doença, a clamídia é uma condição fácil de ser tratada. O tratamento é realizado com a administração de antibióticos. Por se tratar de uma IST, o(a) parceiro(a) do(a) paciente infectado(a) também precisa de acompanhamento médico.

É sempre necessário ressaltar que a melhor forma de tratamento é a prevenção. Como não existe vacina para evitar esse tipo de doença, o ideal é a conscientização. Nesse sentido, praticar sexo com preservativos e ficar atento aos primeiros sinais do problema são recomendações que não podem ser ignoradas.

O que fazer em casos de infertilidade?

Observar qualquer alteração no organismo e buscar acompanhamento para cuidar da saúde deve ser uma preocupação de todos. Para quem almeja uma gravidez, esses cuidados são ainda mais importantes.

Diante de um caso de infertilidade, seja por clamídia seja por outra causa, a(o) paciente pode procurar os tratamentos oferecidos em clínicas de reprodução assistida. Hoje, há uma vasta gama de técnicas e procedimentos que auxiliam homens e mulheres com dificuldades de ter filhos.

Com o acompanhamento especializado, é possível realizar todos os exames necessários para diagnosticar um possível quadro de infertilidade e conhecer os tratamentos mais adequados para cada caso.

A clamídia é um dos muitos problemas que podem ocasionar infertilidade. O aspecto agravante dessa condição clínica é a dificuldade de identificar os sintomas de forma precoce. Portanto, a medida mais segura para evitar consequências irreversíveis é ficar em dia com o acompanhamento médico, principalmente para quem pretende iniciar uma gestação.

Para ter mais informações sobre as infecções que causam infertilidade, aprofunde sua leitura com o texto que consta no nosso site e saiba mais sobre a clamídia!

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