Qual é o custo da fertilização in vitro?

A reprodução assistida abrange uma série de procedimentos, medicamentos e técnicas para oferecer a casais com problemas de fertilidade a possibilidade de gestação e filhos.

A fertilização in vitro (FIV) é a principal delas, pois atualmente é a que oferece melhores taxas de sucesso. Por ser de alta complexidade, entretanto, envolve a utilização de diversos medicamentos e técnicas complementares que podem elevar o custo.

Dessa forma, é importante avaliar as possibilidades e realizar uma investigação detalhada. A FIV só deve ser indicada em situações específicas.

Neste texto, vou explicar por que a FIV pode ter um valor elevado. Continue lendo e entenda!

A FIV

A FIV é uma série complexa de procedimentos usados ​​para tratar a fertilidade ou problemas genéticos e ajudar na concepção e nascimento de uma criança. Além disso, a complexidade exige que os profissionais sejam altamente qualificados.

As etapas da FIV são:

• Indução da ovulação;
• Punção folicular e coleta dos espermatozoides;
• Fecundação;
• Cultivo do embrião em laboratório;
• Transferência dos embriões para o útero;
• Congelamento de embriões (quando houver embriões excedentes).

Na primeira etapa, a mulher precisa fazer uso de medicamentos hormonais para estimular a ovulação.

O objetivo é provocar o crescimento de um número maior de óvulos até estarem maduros. Esses medicamentos podem variar de valor, mas geralmente têm um custo elevado.

Na segunda etapa, a mulher passa pela punção folicular, um procedimento realizado em ambiente ambulatorial com a mulher sob efeito de sedação endovenosa, monitorizada e acompanhada pelo anestesista.

Simultaneamente, o homem faz a coleta do sêmen, que passa pelo processo de capacitação seminal em laboratório de andrologia.

Caso tenha diagnóstico de azoospermia, serão necessários outros procedimentos para retirada de espermatozoides diretamente dos testículos ou epidídimos.

Ainda na segunda etapa, é possível utilizar gametas doados, tanto masculinos como femininos, dependendo da causa de infertilidade do casal.

A terceira etapa é a fecundação em si, realizada em laboratório de embriologia com as condições adequadas à manutenção do desenvolvimento embrionário, fundamental para o sucesso da técnica.

A quarta etapa é o cultivo embrionário. Os embriões permanecem, na maioria dos casos, de 5 a 6 dias em incubadoras, sendo monitorados, em meios de cultura e analisados em microscópios para que o desenvolvimento embrionário ocorra da melhor forma.

Nessa etapa, podem ser feitas técnicas para aumentar as chances de gravidez, como teste genético pré-implantacional (PGT), que pode analisar desde aneuploidias mais comuns até doenças específicas do casal.

A quinta etapa é a transferências dos embriões ao útero, após o cultivo embrionário.

A sexta etapa é o congelamento de embriões excedentes, caso haja. Os embriões não podem ser descartados após a FIV. Devem ser mantidos em criopreservação por ao menos três anos.

Um ciclo de FIV leva cerca de um mês para ser concluído, e mais de um ciclo pode ser necessário. O tratamento inclui consultas, exames, controles ultrassonográficos, fertilização, laboratório de embriologia e transferência para o útero e medicamentos.

O cálculo é feito com base em uma previsão que contém o valor do médico, custo do material hospitalar, custos do laboratório, anestesista e uma média que se gastará com a medicação.

A FIV tem um custo elevado?

A técnica é de alta complexidade e envolve o uso de medicações específicas e de alto custo e recursos complementares, de acordo com cada caso, portanto o valor varia.

O mais adequado é procurar uma clínica e tirar as dúvidas, assim como realizar a investigação da infertilidade para saber o que está dificultando a gravidez.

No curso da FIV, podem ser necessários vários medicamentos, como:

• Medicamentos para estimulação ovariana;
• Medicamentos para maturação do oócito;
• Medicamentos para prevenir a ovulação prematura;
• Medicamentos para preparar o revestimento uterino.

Para determinar quando os folículos estão prontos para a coleta, o médico precisará realizar:

• Ultrassonografia transvaginal seriada, exame de imagem dos ovários para monitorar o desenvolvimento dos folículos — cistos com líquido em que os óvulos amadurecem;
• Exames de sangue, para medir sua resposta a medicamentos de estimulação ovariana.

Durante a punção ovariana, a mulher é sedada e recebe medicação para dor. Óvulos maduros são colocados em um líquido nutritivo (meio de cultura) e avaliados, procedimento que exige microscópio, placas e avaliação do embriologista.

A fertilização pode ser realizada usando dois métodos comuns:

• Clássico — durante a inseminação, os espermatozoides saudáveis ​​e os óvulos maduros são colocados em placas de cultura para que fecundem naturalmente;
• Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI) — cada um dos espermatozoides saudáveis é injetado diretamente em cada óvulo maduro com o auxílio da visualização por um microscópio de super aumento.

A ICSI é frequentemente indicada quando a qualidade do sêmen é reduzida e há poucos espermatozoides viáveis.

Todo o procedimento demanda alta tecnologia e uma infraestrutura diferenciada, desde aparelhos modernos, laboratório de embriologia, outras medicações específicas e profissionais treinados e qualificados.

Taxa de sucesso

A chance de sucesso na FIV depende de diversos fatores, incluindo a idade da mulher, qualidade do sêmen e as causas da infertilidade.

A FIV tem excelentes taxas de sucesso. De acordo com as estatísticas coletadas pela Sociedade de Tecnologias de Reprodução Assistida (SART), para mulheres com menos de 35 anos, a porcentagem de nascidos vivos por ciclo de FIV é de cerca de 41%.

As taxas de sucesso diminuem com a idade, principalmente em mulheres acima de 40 anos.

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