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Ressonância magnética de pelve na reprodução assistida

Quando casais que desejam engravidar enfrentam dificuldade de ter filhos, seja por subfertilidade, seja por infertilidade, as técnicas de reprodução assistida podem ajudar e aumentar as chances de realizar esse sonho.

Ao buscar a reprodução assistida, o casal é investigado para identificar as possíveis causas que dificultam a fecundação natural, uma vez que a infertilidade pode ser consequência de vários fatores e doenças. Os métodos são definidos de acordo com os sintomas e a hipótese diagnóstica, e os resultados orientam o tratamento mais adequado para cada paciente.

Os principais exames solicitados para determinar se existe infertilidade variam de acordo com o sexo. Para o homem, a pesquisa geralmente é um pouco mais simples, incluindo exames de sangue, que verificam os níveis hormonais, e o espermograma para avaliar o sêmen e os espermatozoides. Dependendo do caso, há ainda outros exames que podem ser solicitados.

Já para os casos de infertilidade feminina a busca geralmente é mais complexa. Podemos solicitar exames de sangue para estimar os níveis hormonais, exames de imagem como o ultrassom transvaginal ou endovaginal, histerossalpingografia, histeroscopia, além de biópsias.

Em ambos os casos, podemos pesquisar a presença de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Outra ferramenta que se mostra excelente aliada na busca de informações para classificar o melhor caminho de reversão do quadro infértil feminino, em caso de diagnóstico de massas anexiais e de tumores, é a ressonância magnética (RMI) da pelve. Ela, contudo, não é um exame de rastreamento, mas um exame complementar.

Continue a leitura para saber como a ressonância magnética funciona nos tratamentos de reprodução assistida considerados padrão para os problemas de fertilidade, femininos e masculinos.

O que é ressonância magnética da pelve?

A ressonância magnética (RMI) é um método de análise por imagem de alta definição que, quando aplicado à região pélvica, fornece avaliação detalhada dos órgãos reprodutores femininos – útero e ovários –, assim como da bexiga. Trata-se de um método seguro e não invasivo, que não causa dor ou danos aos órgãos.

A técnica é realizada por um scanner, em forma de tubo, geralmente com as extremidades abertas e funciona a partir da criação de um campo magnético forte em volta do paciente e da emissão de ondas de rádio.

Os prótons existentes no núcleo atômico alinham seus campos próprios de acordo com o externo gerado pela máquina, que emite pulsos de radiofrequência, originando imagens captadas pelo computador em diversos planos com a paciente na mesma posição.

Geralmente, não se exige preparo prévio ao exame nem há recomendações posteriores. Apenas para algumas finalidades um jejum de 4 a 6 horas pode ser indicado. É preciso retirar objetos que possam causar interferência na máquina, como os metálicos. Em caso de claustrofobia, pode ser feito uso de sedativo.

Com uma veste especial, as pacientes são posicionadas em uma mesa móvel, que desliza pelas aberturas do tubo. Durante o exame, é necessário ficar imóvel para que as imagens não saiam desfocadas.

Indicações e diagnóstico

A ressonância magnética da pelve é indicada para identificação de anomalias, lesões, traumas e massas ou tumores que podem estar presentes nos tecidos, órgãos e musculaturas, de condições benignas ou malignas, localizados na região pélvica.

A ressonância magnética é indicada após avaliação prévia por outros exames, como a ultrassonografia, e levantamento de dados informativos para chegar à hipótese diagnóstica adequada ao caso clínico investigado.

Quando aplicada à reprodução assistida, suas imagens conseguem apontar possíveis causas da infertilidade originadas por tumores e massas anexiais. Fornece, ainda, dados sobre a intensidade e tamanho das anomalias encontradas.

Dessa forma, o exame é solicitado quando há suspeita de endometrioses infiltrativa profunda, adenomiose, tumores ovarianos, malformações do útero, lesões por traumas na região, massas e sangramentos irregulares. Também é importante para confirmar gravidez ectópica, aquela que se desenvolve fora do útero, mais comumente em uma das tubas uterinas.

A ressonância magnética da pelve consegue fazer a distinção do local de ocorrência da doença, classificando-a em extra ou intrauterina. Devido à alta definição de imagem e à abrangência de toda a região pélvica, é possível observar o local para classificar o foco de ação com maior precisão.

Tratamentos indicados de acordo com o resultado diagnóstico

De acordo com o diagnóstico, somado aos resultados obtidos pelos outros exames realizados, podemos determinar o tratamento mais adequado para cada caso, individualizando-o de acordo com as necessidades de cada paciente.

Quando a fertilidade não é restaurada após o tratamento, as técnicas de reprodução assistida aumentam as chances de gravidez. Relação sexual programada (RSP), também chamada coito programado, e inseminação artificial (IA) ou inseminação intrauterina (IIU), são as técnicas de baixa complexidade indicadas para problemas de menor gravidade, uma vez que a fecundação acontece naturalmente no organismo da mulher.

Já a fertilização in vitro (FIV) é um procedimento que consiste em recuperar os espermatozoides e os óvulos viáveis para depois realizar a fecundação no laboratório, em um ambiente controlado, e, posteriormente, transferir para o útero da mulher o(s) embrião(ões) formado(s). É indicada principalmente para casos de maior gravidade.

Leia também nosso texto especial sobre ressonância magnética.

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