Muitas doenças afetam a mulher durante sua vida fértil, e a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma delas.
A SOP é a endocrinopatia mais comum da mulher, chegando a afetar de 5% a 10% das mulheres em idade reprodutiva e pode ser identificada em 30% a 40% das mulheres com infertilidade.
A SOP tem como característica a irregularidade menstrual, infertilidade e hiperandrogenismo (elevação da produção de hormônios masculinos), apresentando sintomas como aumento de pelos, oleosidade da pele, acne, entre outros.
No artigo de hoje, vamos falar sobre a SOP e como é feito seu tratamento, de acordo com os sintomas e os objetivos da mulher. Acompanhe!
A etiologia da SOP permanece desconhecida. Novos estudos apontam que ela tenha um componente genético, além de apresentar relação com o estilo de vida da mulher.
Hoje, o diagnóstico da SOP deve seguir o critério de Rotterdam, um consenso de diversos especialistas sobre os principais sintomas que caracterizam a doença. Dessa forma, uma mulher pode ser diagnosticada com SOP se apresentar pelo menos duas das seguintes condições:
Existem outras doenças com sintomas similares aos da SOP, portanto é necessário realizar investigação para que outras doenças sejam excluídas.
Mulheres com SOP têm maior risco de apresentar resistência à insulina e distúrbios metabólicos, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial e aumento do colesterol.
Embora não sejam critérios para o diagnóstico, são muito frequentes, de modo que até cerca de 50% das mulheres com SOP podem apresentar esses distúrbios, principalmente mulheres acima do peso. Por isso, é importante que, após o diagnóstico, exames específicos sejam realizados.
O tratamento da SOP tem como objetivo controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da paciente. Devido à ampla gama de sinais e sintomas, é importante um tratamento individualizado para as principais queixas e objetivos da paciente.
De modo resumido, podemos dividir o tratamento de acordo com os principais sintomas:
Outra recomendação importante é a mudança do estilo de vida. Uma vida saudável contribui para a cura ou redução dos efeitos prejudiciais de muitas doenças. No caso da SOP, essa mudança também é importante.
A realização de exercícios físicos de forma regular, assim como o controle nutricional e a perda de peso, no caso de pacientes obesas, mostram benefício no controle dos sintomas e melhora no perfil metabólico dessas pacientes.
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