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Entenda como os hormônios FSH e LH influenciam na fertilidade e na gravidez

Entenda como os hormônios FSH e LH influenciam na fertilidade e na gravidez

Os hormônios são substâncias produzidas por glândulas endócrinas e liberadas na corrente sanguínea com efeitos específicos. O FSH (hormônio folículo-estimulante) e o LH (hormônio luteinizante) são hormônios produzidos pela hipófise que desempenham papel fundamental tanto nas fertilidades masculina e feminina como na gravidez.

Na fertilidade, eles regulam o ciclo menstrual, estimulando o crescimento dos folículos (FSH) e provocando a ovulação (LH). Por isso, o período fértil é identificado quando há um pico de LH no organismo. Isso significa que em breve haverá a ovulação, ou seja, a liberação do óvulo pelo ovário. Nos homens, esses mesmos hormônios estimulam os testículos a produzir e amadurecer os espermatozoides, assim como a produzir a testosterona.

No texto de hoje, vou explicar como o FSH e o LH influenciam na fertilidade feminina e na gravidez. Continue a leitura para saber mais!

LH e FSH na gravidez

O ciclo menstrual, que prepara o corpo para a gestação, é um processo cíclico, resultante da secreção alternada de 4 principais hormônios: estrogênio, progesterona, FSH e LH. Cada um desses hormônios tem um papel importante na fertilidade e no processo de gravidez.

O estrogênio e a progesterona são secretados principalmente pelos ovários. Esses dois hormônios estimulam o crescimento das células da parede interna do útero, o endométrio, que se torna mais espesso e vascularizado. Essas mudanças preparam o útero para a implantação do embrião, ou seja, de uma gravidez.

O endométrio é a camada que reveste a parte interna do útero. É nele que o óvulo se fixa para dar início à gravidez. Caso não esteja espesso adequadamente, devido a algum desequilíbrio hormonal, a doenças como endometrite, pólipos endometriais, miomas ou sinéquias uterinas, a qualquer outro problema, a gravidez pode não acontecer.

Já os hormônios FSH e LH são secretados pela hipófise, glândula localizada no cérebro, e, no ciclo menstrual, vão agir no processo de amadurecimento dos folículos e liberação dos óvulos.

Dessa forma, esses hormônios, em conjunto durante o ciclo menstrual, amadurecem os folículos e provocam a ovulação para possibilitar a fecundação. Além disso, auxiliam na preparação do endométrio para criar um ambiente apropriado para o embrião se fixar e dar início à gravidez.

Ciclo menstrual: como o LH e o FSH interagem para possibilitar a gestação?

É normal que a duração do ciclo menstrual varie de 25 a até 35 dias. O primeiro dia do ciclo é o início da menstruação.  Enquanto a menstruação acontece, a liberação do FSH aumenta. Durante a primeira metade do ciclo, aproximadamente, ocorre o amadurecimento dos óvulos pelo FSH.

Ele estimula a liberação progressiva de estrogênio e o crescimento dos folículos ovarianos. Cada folículo contém um óvulo e muitos folículos crescem, mas apenas um, o dominante, amadurece e libera o óvulo.

Por sua vez, o estrogênio (produzido pelo folículo dominante, que foi previamente estimulado pelo FSH) prepara o endométrio para receber o embrião após a fecundação. O aumento dos níveis de estrogênio estimula a liberação do hormônio LH, que provoca o rompimento da membrana folicular e a liberação do óvulo para que seja fecundado pelo espermatozoide nas tubas uterinas.

Esse processo ocorre, geralmente, na metade do ciclo e é chamado ovulação, que marca o período fértil.

O óvulo foi fecundado? Então ele migra das tubas uterinas até o útero, onde se implanta no endométrio já preparado para continuar seu desenvolvimento. Ocorre, assim, a gravidez. Nessa região de fixação, a placenta começa a se formar para nutrir e possibilitar o desenvolvimento da criança dentro do útero. Além disso, a placenta produz um outro hormônio, chamado de hCG (hormônio gonadotrófico coriônico). Sim, é esse mesmo hormônio que detectamos na urina ou no sangue quando fazemos o teste de gravidez. O hCG continua estimulando o folículo que ovulou (agora chamado de corpo lúteo) a produzir mais estrogênio e progesterona, e esses dois hormônios possibilitam que o endométrio fique receptivo e mantenha a nutrição do embrião que está lá se desenvolvendo.

O óvulo não foi fecundado? Após a ovulação, começa a fase lútea. O folículo vazio se transforma em corpo lúteo, que produz progesterona para que o endométrio continue preparado para a gestação. No entanto, se o óvulo for fecundado e por algum motivo não se fixar no útero, o corpo lúteo para de produzir estrogênio e progesterona, a gravidez não acontece e a menstruação ocorre.

Desequilíbrios hormonais podem levar à infertilidade?

O equilíbrio adequado de hormônios é um dos fatores mais importantes para que a gravidez ocorra com sucesso. O desequilíbrio hormonal pode ser um obstáculo, diminuindo as chances de consolidar gestação.

As disfunções ovarianas são as principais causas de infertilidade feminina. Veja algumas das causas mais comuns de disfunção ovariana que aumentam as chances de infertilidade, devido ao desequilíbrio hormonal.

Problemas ovulatórios: principal causa de infertilidade feminina. Os desequilíbrios ovulatórios são consequências de alterações na liberação hormonal e podem provocar irregularidade no ciclo menstrual, problema nos ovários e até mesmo ausência da ovulação.

Síndrome dos ovários policísticos: causada por um desequilíbrio hormonal e excesso de testosterona (que deveria ser convertida em estrogênio nos ovários). Provoca irregularidades na menstruação, aumento dos pelos, ganho de peso e acne. A ovulação também fica comprometida, o que dificulta a gravidez.

Alterações da tireoide: os hormônios tireoidianos exercem efeitos importantes na função dos ovários. Desequilíbrios na função da glândula refletem no funcionamento dos ovários e, como consequência, na produção dos hormônios LH e FSH, o que pode impedir a ovulação e causar abortos espontâneos e infertilidade.

Existem diversos exames para investigar as causas da infertilidade, como: a avaliação da reserva ovariana, exames hormonais, ultrassonografia transvaginal, entre outros. Atualmente, muitos casos de infertilidade podem ser revertidos com técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV).

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Quero engravidar, mas não quero FIV. O que fazer?

Comentários:

  1. Descobri minha gravidez recentemente indicando aproximadamente duas semanas.
    Hoje meus exames indicaram:
    Resultado de LH : 0,95
    Fase lutea: referência 1,5 a 9,1 mUI/mL
    Resultado FSH: 0,46
    Fase lutea: referência 0,5 a 16,9 mIU/mL
    Como já tive uma gravidez química, estou com medo, posso perder novamente o bebe?

    Gisele em 18/01/2021 às 22:17
  2. Gisele,

    Infelizmente toda gravidez pode evoluir para um aborto, o risco disso acontecer é de aproximadamente 20% e seus exames não indicam nenhum risco a mais para isso. Fique tranquila e vamos torcer!

    Boa sorte! Abraços

    Dr. João Dias em 22/02/2021 às 11:15
  3. Bom dia!
    Minha menstruação tá um pouco inrregula tipo 8 dias de antecedência fiz exames e meu fsh de 63 será q não consigo mas engravidar?

    Enisergia ap de Sá matos em 18/05/2021 às 10:36
  4. Olá!

    Sugiro que você procure um médico para que ele possa avaliar e te orientar, caso você queira engravidar.

    Abraços!

    Dr. João Dias em 20/05/2021 às 11:35
  5. Boa tarde
    Meu exame de lh 52, fsh 115 e o hcg 4
    Estou com 7 semanas sem menstruar, seria possível estar grávida?

    Ivani em 10/10/2022 às 17:04
  6. Olá, Ivani!
    BhCG entre 5 e 25 mIU/ml é um resultado indefinido. Deve repetir o exame e procurar um médico para te orientar melhor.
    Abraços.

    Dr. João Dias em 04/11/2022 às 13:37
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