A doença inflamatória pélvica, mais conhecida pela sigla DIP, é uma síndrome grave. Ela surge por consequência de doenças sexualmente transmissíveis (DST) não tratadas, relações sexuais desprotegidas ou como complicação após um procedimento ginecológico, como a inserção do DIU (dispositivo intrauterino). A DIP, em casos graves, pode causar a infertilidade.
A DIP pode comprometer os órgãos reprodutores, como útero, tubas uterinas e ovários, causando inflamações na região.
Continue lendo para saber sobre tudo sobre a DIP, como: os sintomas, o diagnóstico, o tratamento e a sua relação com as técnicas de reprodução assistida.
A DIP é uma infecção que atinge os órgãos reprodutores, principalmente o útero e as tubas uterinas. Porém, em casos mais graves, pode comprometer também os ovários.
Ela tem 3 causas principais:
A falta de tratamento de DSTs é a principal causa da DIP. Quando não recebem o tratamento adequado, a gonorreia e a clamídia atingem os órgãos internos femininos.
A DIP é uma doença que afeta diretamente a qualidade de vida da mulher, principalmente a sua vida reprodutiva. Entre as principais complicações dessa condição estão a dor pélvica crônica, a gestação ectópica (complicação em que o embrião é implantado fora do útero) e a infertilidade causada por danos nas tubas uterinas.
Os principais sintomas da doença são:
Quando a mulher perceber algum sintoma da doença, deve procurar um ginecologista imediatamente. O diagnóstico é feito com base, principalmente, nos sintomas apresentados pela paciente e por um exame físico para confirmar as dores na região pélvica.
No entanto, o número de sintomas relacionados à doença é grande, dificultando o diagnóstico, principalmente se os sinais forem leves ou se a condição for assintomática. Se necessário, o médico pode solicitar um exame, como a ultrassonografia transvaginal, para confirmá-lo.
A demora nos processos de diagnóstico e tratamento da DIP é perigoso, pois aumenta o risco de sequelas no sistema reprodutor.
Usar preservativos é a melhor maneira de prevenir a DIP. Ela diminui os riscos de infecção por atuar como uma barreira contra as bactérias portadoras da DIP.
Além disso, por ser um método contraceptivo, ele também evita a gravidez indesejada e protege contra ISTs.
O tratamento da DIP é feito com a administração de antibióticos para eliminar as bactérias. Quando a paciente é diagnosticada de forma rápida, maiores as chances de preservação da fertilidade.
Em casos graves, a mulher deve ser internada para fazer o tratamento no hospital. Pacientes grávidas com DIP também devem ser hospitalizadas, pois a condição aumenta o risco de parto prematuro e morbidade materna.
O parceiro sempre deve ser tratado, pois, caso contrário, poderá haver reinfecção.
A DIP pode causar infertilidade se os órgãos reprodutores forem danificados, mas não são todos os casos que chegam a esse ponto.
No homem, as bactérias que causam a DIP nas mulheres podem causar outras doenças, como a epididimite e a prostatite. Com isso, a qualidade dos espermatozoides diminui, afetando a fertilidade.
Na mulher, a DIP pode causar infertilidade por danos nas tubas uterinas. Em casos graves, é necessário fazer uma cirurgia para retirar os órgãos comprometidos pela doença.
Quando a infertilidade é confirmada e o casal deseja ter filhos, existe a possibilidade de realizar esse sonho com uma técnica de reprodução assistida. A fertilização in vitro (FIV) é a mais indicada nos casos em que a mulher tem obstrução nas tubas uterinas.
Como a fecundação é feita em um laboratório e não na tuba uterina, ela possibilita que mulheres com essa condição possam engravidar. Após alguns dias de desenvolvimento, os embriões formados são transferidos diretamente ao útero materno.
A DIP é uma infecção que, sem o tratamento adequado, pode causar infertilidade em homens e mulheres. A melhor forma de prevenção é o uso de preservativos em todas as relações sexuais para diminuir os riscos de contrair ISTs. Caso a infertilidade seja confirmada, o casal ainda pode ter filhos por meio da FIV.
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Comentários:
Excelente texto, bem didático e de fácil entendimento.
Karla Guimarães em 12/08/2020 às 22:09Muito obrigado pelo Feedback Karla, fico feliz em contribuir!
Dr. João Dias em 21/08/2020 às 11:52