Em cada ciclo menstrual, a mulher fértil tem a possibilidade de engravidar, sendo os hormônios substâncias importantes para esse processo. Uma das etapas para que a gravidez ocorra é a implantação embrionária ou nidação.
Trata-se do momento que o embrião chega até o útero e se fixa no endométrio (que foi previamente preparado pelos hormônios). Disfunções nesse processo podem levar à infertilidade.
Continue lendo este conteúdo e descubra o que é a nidação/implantação, como ocorre, o que pode prejudicar esse processo, como reverter condições negativas, quais as consequências da falha nesse processo, dentre outros assuntos pertinentes que vão ajudar a obter sucesso no tratamento da infertilidade.
Nidação é o termo que denomina a implantação do embrião no endométrio (tecido que reveste a camada interna do útero), portanto é o começo da gravidez!
Após o óvulo ser fecundado e dar origem ao embrião, ele se desloca das tubas uterinas até o útero e se implanta no endométrio, o que pode ocorrer entre 5 e 10 dias após a fecundação do óvulo.
A fecundação é o momento que o óvulo e o espermatozoide fundem seus pronúcleos para dar origem a uma nova vida. O estágio pré-embrionário é chamado de zigoto, que é a célula resultante da fecundação do óvulo pelo espermatozoide antes de haver a primeira divisão celular.
Depois que há a fusão dos dois pronúcleos, o pré-embrião passa a se dividir e se torna um embrião em desenvolvimento migrando para a cavidade uterina durante esse processo. Ao chegar no endométrio, fixa-se a ele para receber nutrientes e continuar sua evolução.
A nidação é um processo que ocorre em toda gravidez, seja natural, seja por técnicas de reprodução assistida. Quando esse processo não ocorre a gestação não evolui.
Implantação e nidação são termos sinônimos.
A reprodução assistida é um conjunto de técnicas que aumentam as chances de engravidar: relação sexual programada (RSP), inseminação artificial (IA) e fertilização in vitro (FIV).
Em todas as técnicas, a implantação ocorre de maneira natural, mas com algumas particularidades.
Na FIV, depois da estimulação ovariana, da coleta dos óvulos e espermatozoides e da fecundação dos gametas em laboratório, os embriões são mantidos em incubadoras especiais que simulam as condições uterinas por 5 dias. Depois desse período, os embriões são transferidos ao útero por meio de um cateter para implantação.
A implantação ocorre após o hatching ou eclosão da zona pelúcida do embrião. Em alguns casos, essa membrana que reveste o embrião é mais espessa do que o normal e requer a realização de um procedimento chamado hatching assistido. Com o auxílio de laser, são feitos pequenos orifícios na zona pelúcida para ajudar a eclosão.
Já na inseminação e na relação sexual programada a fecundação ocorre de forma natural, no interior das tubas uterinas. Então o embrião progride até o útero para se fixar.
Um dos fatores que prejudicam a nidação é a baixa qualidade embrionária. Outro fator muito importante é a receptividade endometrial, ou seja, condições do endométrio que facilitam a implantação embrionária. São possíveis causas de infertilidade conjugal.
No contexto da reprodução humana assistida, pode ser feito um teste chamado ERA (teste de receptividade endometrial), que ajuda a identificar o melhor período para a implantação. Esses problemas da receptividade podem ocorrer por diversos motivos:
Sim. Na maioria dos casos é possível reverter quadros clínicos, desde que a pessoa procure auxílio médico para investigar a causa dos problemas e intervir com o tratamento adequado.
O embrião deve se implantar no útero materno para dar início à gravidez. Quando ele não consegue se implantar, ocorre um abortamento, que deve ser investigado para avaliar necessidade de exames complementares, uso de medicações e outras medidas para proporcionar um endométrio melhor e aumentar as chances de uma futura gestação.
Esse artigo ajudou você? Compartilhe em suas redes sociais.