Dr João Dias | WhatsApp
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A menstruação é uma condição fisiológica e faz parte do funcionamento adequado de seu ciclo reprodutivo. No entanto, quando há uma perda excessiva de sangue, pode-se estar sofrendo de sangramento uterino anormal.
Esse problema tem impacto negativo no bem-estar da mulher, interferindo física, emocional e socialmente na sua qualidade de vida. O sangramento uterino anormal também pode desencadear outros problemas, como anemia, mal-estar e indisposição.
Está com sintomas de sangramento anormal ou quer saber mais sobre a condição? Continue a leitura e entenda.
O sangramento uterino anormal é um sangramento excessivo em quantidade ou em tempo de duração que apresenta características diferentes da menstruação.
Essa condição costuma ser mais comum entre adolescentes e mulheres mais velhas, ou seja, aquelas que se encontram no início ou no fim de seus anos reprodutivos. Ele pode ocorrer por distúrbios hormonais (aumento do estrogênio proliferando o endométrio sem o contra balanço da progesterona), alterações de coagulação (principalmente nos primeiros ciclos menstruais), gestação ou mesmo fatores anatômicos, como miomas.
Por vezes, pode ocorrer o espessamento anormal do tecido que reveste a parede do útero, chamado de endométrio. Em ciclos normais, esse tecido se descama a cada ciclo menstrual na ausência da fecundação e é eliminado por meio da menstruação.
Um sintoma que pode determinar a presença de sangramento uterino anormal é a frequência da menstruação. Quando comparado com o ciclo típico, o ciclo de uma mulher com tal condição pode ocorrer com frequência maior e envolver uma perda maior de volume sanguíneo.
Ele também pode ocorrer de forma irregular entre um ciclo e outro, envolvendo hemorragias entre uma menstruação e outra. A mulher também pode, em alguns casos, sentir dores e cólicas, associadas ao sangramento.
Ao apresentar tais sintomas, a mulher deve procurar um médico especializado para que sejam realizados exames a fim de determinar a condição. O diagnóstico consistirá da análise do histórico da paciente e exames, como o hemograma, a fim de avaliar presença de anemia, plaquetopenia.
Também é possível que seja realizada uma ultrassonografia transvaginal a fim de determinar as causas do sangramento excessivo. A histeroscopia pode ser um exame eficiente em alguns casos por permitir uma análise detalhada do interior da cavidade uterina.
O médico também orientará a paciente sobre perda de sangue, assunto que pode ser sensível e causar muito desconforto para as mulheres.
O tratamento para o sangramento uterino anormal dependerá das causas da condição. A intenção inicial do tratamento é reduzir a perda excessiva de sangue, visando melhorar a qualidade de vida da paciente.
Outros tratamentos dependerão da origem do sangramento, podendo ser feitos por meio de medicamentos a fim de estabelecer um controle hormonal ou, em alguns casos, por meio de procedimentos cirúrgicos.
O sangramento uterino anormal também pode estar relacionado a problemas de fertilidade, o que dependerá de sua causa. Isso porque o sangramento não provoca a infertilidade por si só, mas pode estar associado a fatores que dificultariam uma possível gravidez.
Quando se tem irregularidade no funcionamento do ciclo menstrual, as chances de gravidez podem estar reduzidas. Além disso, há casos em que o tratamento para o sangramento uterino anormal envolve o uso de medicamentos anticoncepcionais, que são contraceptivos.
Por aparecer associado também a mulheres no fim de seus anos reprodutivos, o sangramento uterino anormal é, por vezes, ligado ao momento do climatério. Quando isso ocorre, tanto a qualidade quanto a quantidade de óvulos da mulher se encontram reduzidas.
Mulheres que sofrem da condição de sangramento uterino anormal e desejam engravidar devem primeiro tratar da causa do sangramento para depois tentar engravidar.
É possível também recorrer a métodos de reprodução assistida. A vantagem desses processos é ter o acompanhamento médico especializado durante cada fase da gravidez, desde a fecundação até a implantação do embrião e nas fases posteriores, até que a gravidez seja confirmada e a gestação evolua.
A reprodução assistida é eficiente em garantir maior possibilidade de se obter uma gestação saudável e bem-sucedida. O médico deverá analisar as condições da cavidade uterina a fim de determinar se a mulher tem condições de manter uma gestação ou se a melhor opção é a técnica de útero de substituição.
Além disso, a reprodução assistida conta com tratamentos hormonais que têm a função de regular a atividade ovulatória, de modo a garantir a liberação de óvulos para a fecundação.
É possível tratar o sangramento uterino anormal. Deve-se estar atenta aos sinais e procurar auxílio médico ao perceber sangramentos irregulares e intensos. É importante estar sempre alerta aos sinais enviados pelo corpo.
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