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O que é síndrome dos ovários policísticos (SOP)?

A infertilidade é um problema que afeta muitos casais que sonham em ter um filho, e essa condição pode estar relacionada tanto ao homem quanto à mulher. No caso da infertilidade feminina, um dos principais fatores é a disfunção ovulatória que, por sua vez, tem a síndrome dos ovários policísticos (SOP) como uma de suas principais causas.

Segundo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, 1 a cada 10 mulheres em idade fértil sofrem com a SOP. É uma doença que pode ocorrer em qualquer idade após a primeira menstruação, porém, apesar de apresentar alguns sintomas, muitas mulheres só descobrem o problema quando tentam engravidar e não conseguem.

Quer entender um pouco mais sobre a SOP e sua relação com a infertilidade? Veja a seguir!

O que é a síndrome dos ovários policísticos?

A SOP é causada por desbalanços hormonais, quando a mulher produz mais testosterona que o normal. Esse desequilíbrio faz com que microcistos se formem nos ovários, ocasionando disfunções ovulatórias. Os folículos, que são como bolsas que contêm os óvulos, crescem até determinado tamanho, mas nas pacientes com SOP não amadurecem, não se rompem e não ocorre a ovulação. O aumento da produção de testosterona ocasiona os sintomas mais característicos da SOP, como crescimento excessivo de pelos em locais incomuns, alopecia (queda e falhas do cabelo), aumento da oleosidade da pele, entre outros, além de infertilidade.

Quais são as causas da SOP?

A SOP parece ser de natureza multigênica, em que uma variedade de genes predisponentes e protetores interagem com fatores ambientais para produzir a síndrome. Desde a alteração na produção de hormônios pelos ovários à resistência insulínica, até o aumento de androgênios (hormônios masculinos), inúmeros desequilíbrios metabólicos configuram a síndrome dos ovários policísticos.

Quais são os sintomas da SOP?

 

A SOP pode apresentar diversos sintomas, porém alguns são muito semelhantes a de outras doenças do sistema reprodutor feminino. Por isso, ao identificar qualquer alteração em seu corpo ou ciclo menstrual, é importante procurar um médico para identificar o problema e iniciar um tratamento eficaz.

O principal sintoma da SOP é a irregularidade menstrual. Como a doença causa alterações na ovulação, é muito comum que as mulheres com SOP tenham um ciclo menstrual desregulado ou não menstruem todos os meses. Isso está relacionado a um outro sintoma, que é a infertilidade.

Sem ovulação ou com ovulações irregulares, a mulher pode apresentar dificuldades para engravidar. Um tratamento possível nos casos de SOP em que a mulher quer engravidar é a indução da ovulação, com acompanhamento por ultrassom e relação sexual programada, com bons resultados nessas pacientes.

Outro sintoma muito comum é o aparecimento de traços masculinos, causado pelo aumento da testosterona. Entre os traços estão o surgimento de pelos em locais menos comuns, como no rosto e no abdômen, pelos mais escuros e grossos.

Ainda, a queda de cabelo, a acne e o ganho excessivo de peso são sintomas da doença, e, se não tratada corretamente, a SOP pode gerar consequências a longo prazo devido a alterações metabólicas, como diabetes, câncer no endométrio, etc.

Como é feito o diagnóstico da SOP?

 

Quando há suspeita de que a mulher tem SOP, o médico pode solicitar alguns exames. A ultrassonografia é comum para avaliar se os ovários apresentam padrão micropolicístico ou volume aumentado e o exame de sangue para verificar o nível dos hormônios além do exame físico para analisar possíveis traços masculinos na mulher.

A SOP é diagnosticada quando a mulher apresenta pelo menos duas das seguintes características:

  • irregularidade menstrual;
  • sinais clínicos ou laboratoriais de aumento dos androgênios (hormônios masculinos);
  • aumento do tamanho do ovário ou padrão policístico encontrados por meio do ultrassom;

Como é o tratamento da SOP?

Existe cirurgia para tratar a SOP, porém ela só é indicada em casos mais graves. No geral, o tratamento é feito com medicamentos que devem ser indicados pelo médico, já que eles podem variar de acordo com a situação.

Um dos tratamentos mais comuns é feito com o uso de anticoncepcionais, que podem ajudar a regular a menstruação e equilibrar os níveis hormonais. Medicamentos que regulam os níveis de insulina e diminuem a resistência ao hormônio também podem ser utilizados.

Ainda, em casos de obesidade — fator que aumenta a resistência à insulina — mudar os hábitos de vida e perder peso é essencial para o equilíbrio hormonal, o que consequentemente ajuda a diminuir os sintomas e riscos da SOP.

Caso a mulher tenha a intenção de engravidar logo, além do tratamento da doença, é indicado utilizar medicamentos que induzem a ovulação para aumentar as chances de um resultado positivo.

Essas são as principais características da SOP e sua relação com a infertilidade. Compartilhe o post nas redes sociais para que mais pessoas saibam sobre a SOP.

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