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Sistema reprodutor feminino e a fertilidade: conheça a importância de cada um dos órgãos

A infertilidade é um assunto complexo e envolve diversos fatores e por isso quero explicar para vocês o sistema reprodutor feminino.

Diversas doenças, infecções e condições podem atingir o sistema reprodutor e, consequentemente, dificultar a gravidez.

Continue lendo para conhecer a importância de cada órgão e a sua relação com a fertilidade. Além disso, vamos mostrar as técnicas de reprodução assistida mais indicadas para os principais problemas de infertilidade.

Os órgãos do sistema reprodutor feminino

O sistema reprodutor feminino é dividido entre os órgãos externos e internos. Entre os internos estão: a vagina, o útero e o colo do útero, as tubas uterinas e os ovários.

Saiba mais sobre os outros órgãos do sistema reprodutor feminino a seguir.

Vagina

A vagina é um órgão elástico que conecta o útero ao ambiente externo, a vulva. É um importante canal para a passagem do esperma até o óvulo, para o sangramento menstrual e para o nascimento do bebê.

Colo do útero

O colo do útero tem a função de ser uma barreira de proteção entre o útero e o canal vaginal. As bactérias causadoras de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como a clamídia e a gonorreia, atingem o colo do útero e podem se espalhar para outros órgãos do sistema reprodutor.

Além disso, o câncer do colo do útero é o terceiro mais comum entre as mulheres brasileiras. A principal forma de contaminação é por meio do papilomavírus humano (HPV) e, em muitos casos, a doença é assintomática em seu estágio inicial. O exame do papanicolau, quando realizado com periodicidade, é a melhor forma de prevenir esse tipo de câncer.

Útero

O útero é um órgão formado por paredes musculares com a função principal de acomodar o feto durante a gravidez. A sua camada interna é chamada de endométrio. Durante o ciclo menstrual, ela se torna mais espessa para a implantação do embrião e o desenvolvimento da gravidez. Porém, se a mulher não engravidar nesse período, ele se descama dando origem a menstruação.

Tubas uterinas

As duas tubas uterinas medem, cerca de, 10 a 13 centímetros e conectam o útero aos ovários. Na ovulação, o óvulo é encaminhado para as tubas uterinas, onde acontece a fecundação. O embrião fecundado vai para o útero, onde se desenvolve durante a gravidez.

Problemas tubários podem causar graves complicações na fertilidade da mulher. Uma das principais é a doença inflamatória pélvica (DIP). Ela é uma consequência da infecção por clamídia e gonorreia que, sem tratamento, podem atingir as tubas uterinas, útero e ovários. A DIP causa inflamação no local, o que prejudica a implantação do embrião no endométrio e aumenta o risco de uma gravidez ectópica (fora do útero).

Ovários

Os ovários medem, aproximadamente, o tamanho de uma noz. Eles são responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos — estrogênio e progesterona — e pelo amadurecimento e liberação dos óvulos durante a ovulação.

Mulheres com idade avançada têm mais dificuldade em engravidar devido à baixa reserva ovariana, pois nascem com um número limitado de folículos ovarianos. A cada ciclo menstrual, cerca de 30 folículos são estimulados. Porém, apenas um óvulo amadurece e é liberado em cada ciclo.

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma doença causada pelo desequilíbrio hormonal e afeta cerca de 10% das mulheres. Pequenos cistos são formados nos ovários alterando o processo da ovulação. Com isso, ela se torna irregular, dificultando a gravidez.

A relação entre o sistema reprodutor feminino e a fertilidade

Casais com dificuldade para engravidar após 1 ano de tentativas devem procurar ajuda médica para investigar o que está acontecendo. Se a mulher tem mais de 35 anos, deve procurar após 6 meses de tentativas. Cerca de 30% dos casos de infertilidade são causados por fatores femininos, 30% por fatores masculinos e 30% por ambos. Com relação aos 10% restantes, a causa da infertilidade é inconclusiva (infertilidade sem causa aparente).

Diante da infertilidade, o casal pode optar por uma técnica de reprodução assistida. Elas são divididas em alta e baixa complexidade e superam, praticamente, todos os problemas de infertilidade.

Baixa complexidade

A inseminação artificial (IA) e a relação sexual programada (RSP) são técnicas de baixa complexidade, pois o momento da fecundação acontece no útero da mulher. Elas são indicadas para casais jovens com problemas leves de infertilidade.

A inseminação artificial é recomendada para os casos em que o homem apresenta baixa qualidade ou quantidade de espermatozoides e para mulheres com até 35 anos e sem problemas nas tubas uterinas. A RSP é indicada, principalmente, para pacientes com distúrbios ovulatórios, como a SOP.

Alta complexidade

A FIV (fertilização in vitro) e a FIV com ICSI são indicadas para casos mais graves de infertilidade, casais com idade avançada ou que não obtiveram sucesso em tentativas anteriores com as técnicas de baixa complexidade.

Em ambas as técnicas a fecundação acontece em um laboratório, após a coleta dos gametas femininos e masculinos. A FIV é escolhida para os casos de baixa concentração ou qualidade dos espermatozoides, azoospermia, mulheres acima de 35 anos, baixa reserva ovariana ou obstruções nas tubas uterinas.

A FIV com ICSI é o método mais avançado e o mais usado atualmente. Ela é destinada para fatores masculinos graves e para casais que não foram bem-sucedidos em tratamentos anteriores.

O bom funcionamento do sistema reprodutor feminino e a fertilidade se relacionam. Em caso de infertilidade, o casal pode escolher uma técnica de reprodução assistida para realizar o sonho de ter um filho. A escolha da técnica é feita com um médico especializado, de acordo com o diagnóstico da infertilidade, a idade da paciente, entre outros critérios.

Você quer saber mais sobre a infertilidade, suas causas e como ela é diagnosticada? Toque aqui para ler mais sobre esse assunto.

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