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Ultrassonografia: indicações na reprodução assistida

A infertilidade afeta milhares de pessoas no mundo todo, mas tem solução na maioria dos casos. Os problemas de fertilidade de um casal podem ser provocados por fatores femininos e masculinos. Para diagnosticar o que está causando essas alterações, podemos solicitar exames tanto para os homens quanto para as mulheres.

A ultrassonografia está, atualmente, entre os mais importantes nesse contexto e, por isso, é um dos primeiros a serem solicitados. Além disso, é fundamental em diferentes momentos dos tratamentos de reprodução assistida.

Continue a leitura e saiba detalhadamente quando a ultrassonografia é indicada na reprodução assistida, quais doenças pode diagnosticar e como é aplicada durante o tratamento.

O que é ultrassonografia e quais são os principais tipos?

A ultrassonografia é um exame de imagem que possibilita a avaliação dos órgãos e estruturas nas regiões pélvica e abdominal. Não invasivo, para produzir as imagens utiliza um transdutor, instrumento que envia pequenos pulsos de ondas sonoras, que, refletidas em órgãos internos, fluidos e tecidos, são transformadas em imagens de alta resolução e transmitidas para um monitor, possibilitando o acompanhamento em tempo real por quem está executando o exame.

A ultrassonografia tem diversas modalidades, como transvaginal, abdominal (suprapúbica), de mama, transretal, testicular, de tireoide, obstétrica, ortopédica, entre outras. Cada uma delas utiliza um transdutor específico, de acordo com a pesquisa a ser feita.

Para examinar o aparelho reprodutor feminino e masculino, podemos indicar a ultrassonografia abdominal ou suprapúbica. Já a ultrassonografia transvaginal é indicada para avaliação de órgãos femininos, como útero e tubas uterinas. Para os homens, dependendo do caso, podemos solicitar a ultrassonografia de testículos.

A ultrassonografia auxilia no diagnóstico de inúmeras doenças e condições, além de permitir o acompanhamento de tratamentos, sem a necessidade de sedação ou anestesia. Apenas um gel especial é aplicado entre a pele e o transdutor para eliminar o ar e melhorar a condução das ondas sonoras.

Veja como cada uma delas funciona:

  • Ultrassonografia abdominal ou suprapúbica: como o nome indica, é realizada pelo abdome. Os pacientes deitam com as costas voltadas para baixo em uma maca e o gel é aplicado entre a pele e o transdutor, que é pressionado suavemente enquanto é movido para fazer a pesquisa;
  • Ultrassonografia transvaginal ou endovaginal: é realizada com a mulher em posição ginecológica. Antes de ser inserido pela vagina para observação dos órgãos a serem examinados, o transdutor é coberto pelo gel e por uma proteção lubrificada;
  • Ultrassonografia testicular ou escrotal: é realizada com o homem deitado com as costas voltadas para baixo em uma maca. O gel é aplicado entre o transdutor e os testículos, que são levantados para facilitar a visualização. Para a avaliação da varicocele, precisa ser realizado com o homem deitado e depois em pé.

A ultrassonografia pode utilizar doppler colorido, importante para observação do fluxo sanguíneo, diagnosticando alterações nos vasos da região investigada.

Quando a ultrassonografia é indicada na reprodução assistida?

A ultrassonografia está entre os primeiros exames solicitados para avaliar a fertilidade feminina e masculina de casais que apresentam dificuldades de reprodução.

A ultrassonografia transvaginal, por exemplo, é o principal teste para a avaliação da reserva ovariana, indicando a quantidade de folículos, cavidades em forma de saco que guardam os óvulos e estão presentes nos ovários. O exame aponta desde folículos menores, aos pré-antrais e antrais, ou seja, com capacidade para amadurecer e ovular.

Além disso, também é o primeiro realizado para confirmar a suspeita de endometriose, possibilitando a detecção da doença dos estágios iniciais aos mais avançados. Outras condições ginecológicas identificadas que podem causar infertilidade feminina incluem obstruções nas tubas uterinas, síndrome dos ovários policísticos (SOP), pólipos endometriais, inflamações nos órgãos reprodutores e anormalidades na anatomia uterina.

Nos homens, por outro lado, a ultrassonografia testicular permite diagnosticar obstruções nos dutos que impedem o transporte dos espermatozoides para que a fecundação ocorra ou a presença de varicocele, doença que causa a dilatação das veias do cordão espermático, responsável por sustentar os testículos, resultando no surgimento de varizes, que alteram a temperatura testicular, comprometendo a produção de espermatozoides, processo conhecido como espermatogênese.

Já a ultrassonografia transretal pode ser solicitada quando há suspeita de prostatite, inflamação da próstata que pode afetar a qualidade do líquido seminal e, consequentemente, dos espermatozoides.

Nos tratamentos de reprodução assistida, a ultrassonografia transvaginal é fundamental para acompanhar o crescimento dos folículos na estimulação ovariana, procedimento comum às três técnicas que utiliza medicamentos hormonais para estimular o crescimento de mais folículos, uma vez que no ciclo menstrual apenas um se desenvolve, amadurece e se rompe para liberar o óvulo em seu interior na direção das tubas uterinas para ser fecundado.

Nas técnicas de baixa complexidade, relação sexual programada (RSP) e inseminação intrauterina (IA), além de acompanhar o crescimento dos folículos, indica o momento mais fértil da mulher. Nessas técnicas, a fecundação ocorre naturalmente, nas tubas uterinas.

Na RSP, identificar o período fértil é importante para programar as relações sexuais. Na IA, ela também é importante, mas para definir o melhor momento de depositar os espermatozoides no útero.

Na fertilização in vitro (FIV), de alta complexidade, óvulos e espermatozoides são fecundados em laboratório, in vitro. Por isso, são previamente coletados. A ultrassonografia transvaginal indica o melhor momento para induzir os folículos ao amadurecimento final e ovulação e para auxiliar na aspiração folicular, procedimento realizado para coleta de folículos maduros, pouco antes da ovulação.

Na FIV, os embriões formados na fecundação são posteriormente cultivados e transferidos para o útero. A transferência também é feita com o auxílio da ultrassonografia.

Tanto a punção folicular quanto a transferência são procedimentos bastante simples, realizados na própria clínica de reprodução assistida com a mulher apenas sob sedação.

Assim, a ultrassonografia auxilia de diversas formas quando há problemas de infertilidade. Não só auxilia na investigação da causa da infertilidade, contribuindo para a definição do tratamento mais adequado para cada paciente, como também permite o acompanhamento de procedimentos importantes na reprodução assistida, aumentando as chances de gravidez.

Toque aqui para conhecer detalhadamente a ultrassonografia transvaginal.

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