A infertilidade feminina, condição que acomete muitas mulheres, pode ser causada por diferentes fatores, como malformações uterinas, desordens hormonais, ciclos menstruais irregulares (dependendo da causa) e doenças do sistema reprodutor, como a endometriose e a SOP (síndrome dos ovários policísticos).
Devido a tantas possíveis causas e a associação ou não a sintomas, diversas avaliações podem ser requisitadas para investigar o motivo da dificuldade da mulher em ter filhos naturalmente. Além da anamnese, do exame pélvico e de dosagens hormonais, por exemplo, é comum a solicitação de exames de imagem, como a histerossalpingografia.
A avaliação pelo exame é indicada, basicamente, nos casos em que houver suspeita de infertilidade resultante de anomalias, malformações ou outras alterações no útero ou nas tubas uterinas, órgãos essenciais para a reprodução humana.
Este texto tem como objetivo principal esclarecer o que é a histerossalpingografia, além de apresentar as hipóteses de sua indicação e contraindicação, comentar de que maneira é realizada e por que está relacionada à investigação da infertilidade, inclusive no contexto da reprodução assistida.
Se você está sob suspeita ou foi diagnosticada com alguma condição uterina ou tubária e, por isso, não está conseguindo engravidar naturalmente, leia o texto até o fim e entenda por que esse exame pode ser tão importante para ajudar a solucionar o problema e proporcionar a sonhada maternidade.
A histerossalpingografia é um exame de imagem que consiste na realização de radiografias da cavidade uterina e das tubas uterinas, o que permite analisar a morfologia desses órgãos e, assim, detectar possíveis anomalias ou obstruções.
A diferença da avaliação para um exame de raio-X convencional é que a histerossalpingografia utiliza um contraste iodado, administrado por meio de um fino cateter que é introduzido pelo canal vaginal da paciente até sua cavidade uterina.
Em cerca de 30 minutos com a paciente em posição ginecológica, a máquina de raio-X registra diversas imagens que permitirão à equipe médica avaliar as condições do útero e das tubas uterinas, com base na forma mostrada com o auxílio do contraste.
Isso é possível porque o líquido preenche a cavidade uterina e as tubas uterinas, revelando tamanho e a forma do útero e das tubas uterinas. Se algum problema for identificado, há um indicativo de alterações anatômicas que podem dificultar a passagem de gametas, impedindo a fecundação e o transporte de embriões.
Devido à capacidade do exame de indicar a permeabilidade do útero e das tubas uterinas e, assim, apresentar sua morfologia em telas de raio-X, a histerossalpingografia costuma ser indicada nos casos de suspeita de infertilidade feminina causada por malformações, obstruções, doenças dos órgãos reprodutores, como pólipo endometrial e miomas (principalmente mioma submucoso) ou de outras alterações anatômicas.
Além disso, a histerossalpingografia também pode auxiliar os médicos a entenderem o porquê de a paciente apresentar eventos de abortos espontâneos na gestação natural ou em tratamentos contra a infertilidade por meio da reprodução assistida.
Existem, porém, contraindicações. A avaliação não é indicada a mulheres alérgicas a contrastes iodados ou a mulheres grávidas porque a substância pode prejudicar a saúde do bebê. Se houver suspeita de gravidez, a mulher precisa avisar. Isso faz parte do questionário preenchido antes do exame.
O útero e as tubas uterinas desempenham papéis fundamentais e essenciais na reprodução humana. Os órgãos, afinal, fazem parte dos processos de fecundação, do desenvolvimento embrionário e da nidação (implantação do embrião na parede uterina), que representa o início da gravidez.
No entanto, diversas condições suscetíveis ao sistema reprodutor feminino podem levar à dificuldade de engravidar naturalmente ou à infertilidade.
Se houver obstrução em uma ou em ambas as tubas uterinas ou alterações no útero, como mioma ou pólipo, a fecundação ou a nidação podem não acontecer.
Nesse sentido, a histerossalpingografia ajuda no diagnóstico do problema, pois permite a avaliação da morfologia desses importantes órgãos e, assim, a indicação da terapia ideal.
De acordo com a causa da condição, o tratamento pode ser medicamentoso, geralmente realizado por meio de antibióticos, ou cirúrgico, para solução das alterações apontadas pela histerossalpingografia.
A avaliação pode ser importante, ainda, em ciclos de reprodução assistida na investigação das causas de abortos, de consequências de uma infecção e de obstruções ou aderências causadas por cicatrizes após procedimento ginecológico realizado previamente, o que também pode influenciar negativamente o potencial reprodutivo da paciente.
A histerossalpingografia é, portanto, um exame muito útil no diagnóstico de infertilidade nos casos em que a condição é possivelmente causada por alterações anatômicas no útero ou nas tubas uterinas.
A avaliação consiste na realização de imagens por raio-X com o auxílio de um contraste iodado, que permite a análise da morfologia da região e ajuda o médico a conhecer a permeabilidade desses órgãos, a investigar uma possível obstrução e, com base nisso, se necessário, indicar o tratamento ideal.
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